quarta-feira, 6 de junho de 2018

CONSTRUÇÃO DO SABER ANTROPOLÓGICO E HISTÓRICO: UMA PERSPECTIVA DE FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR

Introdução a História (Parte II)

É no transcorrer século XIX[2] que a história começa a ter um rigor mais cientifico, e assim se utilizando do materialismo de documentos para que possa ter validade nas suas pesquisas e trabalhos, adquirindo, assim, propriedade de voz na comunidade cientifica, dando início ao positivismo, que defende a ideia de que o conhecimento científico seria a única forma de conhecimento verdadeiro.
 O positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises sociais e morais do fim da Idade Média, e do nascimento da sociedade industrial.

[...] nos últimos vinte anos, porém, alguns de seus membros do grupo transferiram-se da história socioeconômica para a sociocultural, enquanto outros estão redescobrindo a história política e mesmo a narrativa (BURKE, 1997: 13).

Sendo que no século XX surgiu o movimento dos Annales, que quebra com a ideia positivista de que a história teria apenas uma verdade, e também com a ideia de que era necessária a existência de documentos para a pesquisa tenha validade, e tendo uma nova perspectiva de história abordando a história política e econômica.

O documento, pois, não é mais para história essa matéria e neste inerte através do qual ela tenta construir o que os homens fizeram ou disseram o que é passado e o que deixa apenas rastro ela procura definir o próprio tecido no documento unidade conjunto série relações é preciso desligar a história da imagem com que ela se deitou durante muito tempo e pela qual encontrava-se a justificativa antropológica de uma memória milenar e coletiva que serve de documento materiais para reencontrar o frescor de suas lembranças. (FOUCAULT, 2007, p. 7)

O Annales é um movimento historiográfico que se constitui em torno do periódico acadêmico francês Annales d'histoire é conomique et sociale, tendo se destacado por incorporar métodos das Ciências Sociais à História. Vale ressaltar que o seu nascimento é também um reflexo da conjuntura. E logo depois uma nova forma de história surgiu, a nova história cultural, que tinha o foco na abordagem das minuiria dando lugar para que os pequenos grupos pudessem ter voz e assim ter sua história contada.
Irineia (2010) diz que a história Cultural, mas logo abriu um campo próprio com perspectivas teórico-metodológicas bem diversas. Uma das temáticas da nova história é a religião, pois é um dos temas que mais produziram trabalhos nas últimas décadas tanto na disciplina de história quanto na de antropologia, e das outras disciplinas das ciências sociais.

REFERÊNCIAS

LÉVIS-ESTRAUSS, Claude. Capitulo1 introdução: história e etnologia in antropologia estrutural. Rio de Janeiro: tempo Brasileiro, 2003, p. 13-41.

ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. 5 ed. São Paulo: Brasiliense, 1988.  39 p. (Coleção Primeiros Passos, 124).

FOUCAULT, MICHEL. Arqueologia do saber. 7 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
*Compilação: Matheus Wilson S. dos Santos (Acadêmico do 2º período de Licenciatura em História – CESC/UEMA)


[2] O desenvolvimento da ciência foi intenso no século XIX. Por essa razão, esse período ficou conhecido como o século das Ciências, muitas descobertas e avanços foram registrados no século XIX em diversas áreas importantes, como a filosofia, as ciências naturais, a física e a medicina além da consolidação da história com ciência.

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