CONSTRUÇÃO
DO SABER ANTROPOLÓGICO E HISTÓRICO: UMA PERSPECTIVA DE FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR
Introdução a História (Parte
II)
É no transcorrer século XIX[2]
que a história começa a ter um rigor mais cientifico, e assim se utilizando do
materialismo de documentos para que possa ter validade nas suas pesquisas e
trabalhos, adquirindo, assim, propriedade de voz na comunidade cientifica, dando
início ao positivismo, que defende a ideia de que o conhecimento científico
seria a única forma de conhecimento verdadeiro.
O positivismo é uma
doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como
desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises sociais e morais do
fim da Idade Média, e do nascimento da sociedade industrial.
[...]
nos últimos vinte anos, porém, alguns de seus membros do grupo transferiram-se
da história socioeconômica para a sociocultural, enquanto outros estão
redescobrindo a história política e mesmo a narrativa (BURKE, 1997: 13).
Sendo
que no século XX surgiu o movimento dos Annales, que quebra com a ideia
positivista de que a história teria apenas uma verdade, e também com a ideia de
que era necessária a existência de documentos para a pesquisa tenha validade, e
tendo uma nova perspectiva de história abordando a história política e
econômica.
O documento, pois,
não é mais para história essa matéria e neste inerte através do qual ela tenta
construir o que os homens fizeram ou disseram o que é passado e o que deixa
apenas rastro ela procura definir o próprio tecido no documento unidade
conjunto série relações é preciso desligar a história da imagem com que ela se
deitou durante muito tempo e pela qual encontrava-se a justificativa
antropológica de uma memória milenar e coletiva que serve de documento
materiais para reencontrar o frescor de suas lembranças. (FOUCAULT, 2007, p. 7)
O Annales é
um movimento historiográfico que se constitui em torno do periódico
acadêmico francês Annales d'histoire é conomique et sociale, tendo se
destacado por incorporar métodos das Ciências Sociais à História.
Vale ressaltar que o seu nascimento é também um reflexo da conjuntura. E logo
depois uma nova forma de história surgiu, a nova história cultural, que tinha o
foco na abordagem das minuiria dando lugar para que os pequenos grupos pudessem
ter voz e assim ter sua história contada.
Irineia
(2010) diz que a história Cultural, mas logo abriu um campo próprio com
perspectivas teórico-metodológicas bem diversas. Uma das temáticas da nova
história é a religião, pois é um dos temas que mais produziram trabalhos nas
últimas décadas tanto na disciplina de história quanto na de antropologia, e
das outras disciplinas das ciências sociais.
REFERÊNCIAS
LÉVIS-ESTRAUSS,
Claude. Capitulo1 introdução: história e
etnologia in antropologia estrutural. Rio de Janeiro: tempo Brasileiro,
2003, p. 13-41.
ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. 5 ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. 39 p. (Coleção Primeiros Passos, 124).
FOUCAULT,
MICHEL. Arqueologia do saber. 7 ed. Rio
de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
*Compilação:
Matheus Wilson S. dos Santos (Acadêmico do 2º período de Licenciatura em
História – CESC/UEMA)
[2] O desenvolvimento da ciência foi intenso no século XIX.
Por essa razão, esse período ficou conhecido como o século das Ciências, muitas
descobertas e avanços foram registrados no século XIX em diversas áreas
importantes, como a filosofia, as ciências naturais, a física e a medicina além
da consolidação da história com ciência.
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