CONSTRUÇÃO
DO SABER ANTROPOLÓGICO E HISTÓRICO: UMA PERSPECTIVA DE FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR
Introdução a Antropologia (Parte
I)
Podemos definir a ciência
como o conjunto de atividades, métodos e técnicas que estão ligados aos
conhecimentos. É possível afirmar também que, dentre as ciências, a história
foi uma das que mais se aprimorou nas últimas décadas, e esse desenvolvimento
se deu por conta da sua natureza interdisciplinar, imprimido pela produção
historiográfica contemporânea. Os Panoramas
dos historiadores se expandiram com novas temáticas, novos objetos e novos
métodos. Tudo isso, graças à aproximação da história com a Antropologia.
Apresar da Antropologia ter
sido consolidada como disciplina científica apenas no século XIX, ela tem
exercido suas atividades desde o século XVI, onde fazia os relatos sobre
viagens que eram reportadas as características dos povos encontrados no caminho
dessas viagens, assim fazendo uma descrição de sua língua, raça e religião.
Essas atividades eram feitas por missionários, viajantes, exploradores, etc. No
final do século XIX, a escola antropológica Evolucionista surgiu.
Para
o evolucionismo antropológico a noção de progresso se torna fundamental, pois é
o seu rumo que a história do homem se faz. se acredita na unidade básica da
espécie humana e o fator tempo passa a ser bastante importante. Progresso,
evolução, avanço no tempo. o homem a caminho. a direção é a de um estágio
superior de civilização. (EVERARDO, 1988, p. 12).
O evolucionismo, ou
“Darwinismo Social”[1], como
também era conhecido, é uma das teorias da antropologia, que afirma que todas
as sociedades começam de uma forma “primitiva” e com o decorrer do tempo vão
tendo uma evolução para um estão “civilizado”, saído do modo animalesco de
sociedade e passando a ser uma sociedade civilizada, com apenas o método de
pesquisa de gabinete, mas com o passar
do tempo vemos a formulação de um novo pensamento que começa com Franz
Boas, o Difusionismo.
Assim, o “outro”
começa a deixar de ser um simples retrato dos momentos primitivos do “eu” e
passa a ocupar um lugar mais destacado como algo, que transforma a teoria
antropológica e pode de muitas maneiras, servir para dimensionar a própria
sociedade do “eu”. (EVERARDO, 1988, p. 22).
Vemos que com Boas (1998), o
pensamento evolucionista é deixado de lado, e por consequência a visão
eurocêntrica é retirada da antropologia tendo uma visão diferente da comunidade
e do homem em si, com um novo método de abordagem que deixa o gabinete e passa
a ir na comunidade, e assim faz uma observação dos mesmos, tendo uma visão do
costume e modo de vida.
Na década de 20, com o
nascimento de uma nova corrente teórica, o funcionalismo, que tem o objetivo de
compreender os valores da sociedade e a cultura, o que tornou necessário a
ênfase no trabalho de campo de vivencia com a sociedade estudada. Tendo assim
uma maior compreensão dos costumes, modo de vida e religião da comunidade.
Na década de 40, com Lévi-Strauss, surge o estruturalismo,
que está mais voltado para um método de análise
da realidade social, baseado na construção de modelos que expliquem como se dão
as relações a partir do que chamam de estruturas de uma sociedade.
REFERÊNCIAS
LÉVIS-ESTRAUSS,
Claude. Capitulo1 introdução: história e
etnologia in antropologia estrutural. Rio de Janeiro: tempo Brasileiro,
2003, p. 13-41.
ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. 5 ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. 39 p. (Coleção Primeiros Passos, 124).
FOUCAULT,
MICHEL. Arqueologia do saber. 7 ed. Rio
de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
*Compilação:
Matheus Wilson S. dos Santos (Acadêmico do 2º período de Licenciatura em
História – CESC/UEMA)
[1]
O Darwinismo
Social é um pensamento sociológico que surgiu no final do século XIX e
começo do XX, que tentava explicar a evolução da sociedade humana se baseando
na teoria da evolução proposta por Charles Darwin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário