segunda-feira, 6 de junho de 2022

 A GERAÇÃO DO CONHECIMENTO UTILIZANDO-SE DAS REDES SOCIAIS (*)

Pode-se dizer que a habilidade de comunicação foi desenvolvida há cerca de 5.000 anos devido à necessidade das sociedades primitivas de trocarem informações e relacionarem-se entre si. Segundo estudiosos sobre o assunto, em primeiro lugar a humanidade desenvolveu a fala, que passou das formas mais primitivas de grunhidos até a consecução da linguagem atual. Em segundo lugar, os seres humanos sentiram a necessidade de deixar registrada uma forma mais permanente do que acontecia nas suas comunidades e, por isso, criaram signos primitivos, o que mais tarde veio a tornar-se a escrita (ROBBINS, 2002).

A comunicação pode ser definida como um processo de partilha de significados por mensagens simbólicas, que acontece quando duas pessoas ou mais têm um mesmo interesse ou um ponto comum, precisando envolver a transferência e a compreensão de mensagem.

Os canais de comunicação são inúmeros, porém, nas últimas décadas a utilização da internet como meio de comunicação mundial aumentou significativamente, com isto, novas práticas mediadoras ao processo de ensino-aprendizagem passam a ser discutidas (LITTO; FORMIGA, 2009).

Percebe-se, então, que cada vez mais os ambientes acadêmicos devem preparar para a vida, isto é, fazer associação de seus conteúdos específicos com a realidade é fundamental, objetivar a teoria da “não extensão do conhecimento” – conforme diz Paulo Freire. Os professores devem estar prontos para serem desafiados, para fazer os discentes pensarem, e – principalmente – refletir criticamente sobre os diferentes aspectos estudados. Nesta linha, é possível citar-se as palavras de Paulo Freire, em seu livro Pedagogia da Autonomia quando menciona que:

O fundamental é que professor e alunos saibam que a postura deles, do professor e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve. O que importa é que professor e alunos se assumam epistemologicamente curiosos. (FREIRE, p. 86, 1996)

As redes sociais – neste enfoque – passam a ser observadas como mais um desafio ao docente nesta busca pela autonomia dos discentes a partir de uma postura dialógica que permite a expressão real dos sentimentos, anseios e percepções dos alunos. Torna-se – também – um canal de comunicação aberta, proporcionando a interatividade e integração, consequentemente, um canal motivacional para os envolvidos no processo.

Compilação na integra de: RIBAS, Cíntia Cargnin Cavalheiro. As redes sociais como ferramenta em EAD: um estudo sobre a utilização do facebook. CALVET, Kilton da Silva; OLIVEIRA, Vladimir Bezerra de; ARAÚJO, Willian Mano. Mediação em Educação a Distância: Coletânea de textos. Ensaios pedagógicos. Revista Eletrônica do Curso de Pedagogia das Faculdades OPET. Junho de 2015.

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