A GERAÇÃO DO CONHECIMENTO UTILIZANDO-SE DAS REDES SOCIAIS (*)
Pode-se dizer que a habilidade
de comunicação foi desenvolvida há cerca de 5.000 anos devido à necessidade das
sociedades primitivas de trocarem informações e relacionarem-se entre si.
Segundo estudiosos sobre o assunto, em primeiro lugar a humanidade desenvolveu
a fala, que passou das formas mais primitivas de grunhidos até a consecução da
linguagem atual. Em segundo lugar, os seres humanos sentiram a necessidade de
deixar registrada uma forma mais permanente do que acontecia nas suas
comunidades e, por isso, criaram signos primitivos, o que mais tarde veio a tornar-se
a escrita (ROBBINS, 2002).
A comunicação pode ser
definida como um processo de partilha de significados por mensagens simbólicas,
que acontece quando duas pessoas ou mais têm um mesmo interesse ou um ponto
comum, precisando envolver a transferência e a compreensão de mensagem.
Os canais de comunicação são
inúmeros, porém, nas últimas décadas a utilização da internet como meio de
comunicação mundial aumentou significativamente, com isto, novas práticas
mediadoras ao processo de ensino-aprendizagem passam a ser discutidas (LITTO;
FORMIGA, 2009).
Percebe-se, então, que cada
vez mais os ambientes acadêmicos devem preparar para a vida, isto é, fazer
associação de seus conteúdos específicos com a realidade é fundamental,
objetivar a teoria da “não extensão do conhecimento” – conforme diz Paulo
Freire. Os professores devem estar prontos para serem desafiados, para fazer os
discentes pensarem, e – principalmente – refletir criticamente sobre os diferentes
aspectos estudados. Nesta linha, é possível citar-se as palavras de Paulo Freire,
em seu livro Pedagogia da Autonomia quando menciona que:
O fundamental é que
professor e alunos saibam que a postura deles, do professor e dos alunos, é
dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou
enquanto ouve. O que importa é que professor e alunos se assumam
epistemologicamente curiosos. (FREIRE, p. 86, 1996)
As redes sociais – neste
enfoque – passam a ser observadas como mais um desafio ao docente nesta busca
pela autonomia dos discentes a partir de uma postura dialógica que permite a
expressão real dos sentimentos, anseios e percepções dos alunos. Torna-se –
também – um canal de comunicação aberta, proporcionando a interatividade e
integração, consequentemente, um canal motivacional para os envolvidos no
processo.
Compilação
na integra de: RIBAS, Cíntia Cargnin Cavalheiro. As redes sociais como
ferramenta em EAD: um estudo sobre a utilização do facebook. CALVET, Kilton da Silva; OLIVEIRA, Vladimir Bezerra
de; ARAÚJO, Willian Mano. Mediação em Educação a Distância: Coletânea de textos.
Ensaios pedagógicos. Revista Eletrônica do Curso de Pedagogia das Faculdades
OPET. Junho de 2015.
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