FILOSOFIA MEDIEVAL
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Caracterização da Filosofia
Medieval
As principais preocupações dos filósofos
medievais foi a de fornecer argumentações racionais, espelhadas nas
contribuições dos gregos, para justificar as chamadas verdades reveladas da
Igreja Cristã e da Religião Islâmica, tais como a da existência de Deus, a
imortalidade da alma etc.
Os dois Grandes Períodos da Filosofia
Cristã
Filosofia dos Padres da Igreja, ou Patrística,
que foi até o século V: A Patrística se desenvolveu num ambiente altamente
influenciado pela filosofia grega e dela se valeu para esclarecer e defender o
novo conteúdo da fé. O Neoplatonismo, contemporâneo da Patrística, teve grande
ascendência sobre os primeiros escritores cristãos.
Filosofia dos Doutores da Igreja, ou Escolástica,
que foi até o século XIV : Filosofia das escolas, ensinada nas escolas e
predominante na Europa, do século XI ao século XIV. Duas vertentes nortearam o
pensamento dessa época: 1) a tradição religiosa, que, como princípio de
autoridade que pertence à Igreja, determinou a investigação intelectual e
protegeu o pensamento contra os erros; 2) a doutrina filosófica (no início, a
platônica-agostiniana e depois a aristotélica), que serviu de instrumento para
essa investigação.
Principais Representantes
São Justino (165 d.C.); Tertuliano (155 d.C.);
Santo Agostinho (354-430); Santo Anselmo (1033-1109); Pedro Abelardo (1079-1142);
Santo Tomás de Aquino (1221-1274); John Duns Scot (1270-1308); e, Guilherme
Ockham (1229-1350).
Santo Agostinho (354-430)
Ao lado da fé na revelação, deseja
ardentemente penetrar e compreender com a razão o conteúdo da mesma. Estabelece
de bases sólidas para o conhecimento racional, antecipando o cogito
cartesiano, apelará para as evidências primeiras do sujeito que existe,
vive, pensa e duvida.
Em relação ao platonismo, reinterpreta para
conciliá-lo com os dogmas do cristianismo e apresenta uma nova versão da teoria
das ideias, modificando-a em sentido cristão, para explicar a criação do mundo.
Santo Tomás de Aquino
(1221-1274)
Santo Tomás representa o apogeu da
escolástica medieval na medida em que conseguiu estabelecer o perfeito
equilíbrio nas relações entre a Fé e a Razão, a teologia e a filosofia,
distinguindo-as, mas não as separando necessariamente. Ambas, com efeito, podem
tratar do mesmo objeto: Deus, por exemplo. Contudo, a filosofia utiliza as
luzes da razão natural, ao passo que a teologia se vale das luzes da razão divina
manifestada na revelação.
Período histórico fundamental para a
civilização do mundo ocidental, da qual somos parte integrante, descobrindo a
evolução de novas ideais e sua influência na sociedade, na tentativa de
desvendar o universo e as leis que o regem e tem como essência conciliar fé com
razão.
Referência
PELELLA,
Giovanni. História da Filosofia Medieval. São Luís: UemaNet, 2010.