INTENCIONALIDADE
E CONSCIÊNCIA
Porf. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Os estudos referentes à intencionalidade e consciência
têm como um dos principais representantes, Franz Brentano, que direciona seus
estudos na busca de compreender e interpretar os fenômenos que se apresentam à
percepção. E, dentro desse contexto as essências dos objetos são vistas como de
certa maneira pelos atos intencionais da consciência e que toda consciência é
consciência de alguma coisa.
Dentro dessa visão a principal característica
do fenômeno mental é representada pela intencionalidade e que todo e qualquer fenômeno
mental tem como principal característica a inexistência intencional (ou mental)
de um objeto. Desse modo, todo evento mental acaba por inclui alguma coisa como
objeto dentro de si mesmo, possuindo referência a um conteúdo e objetividade
imanente relacionado à consciência.
Dessa forma, a intencionalidade torna-se uma propriedade de todo fenômeno psíquico,
tornado-se a referência a um objeto e o direcionamento para o mesmo em vista da
consciência. Assim, o fenômeno psíquico, do pensar, do querer, e do sentimento
que envolve os sentidos, tem seu direcionamento a um objeto fora dele mesmo; e,
o fenômeno físico (como as cores, os som, as dimensões e as forma) não
apresenta tal propriedade.
Outro estudioso do campo fenomenológico é
Edmund Husserl e John Searle, que tem em sua ideia, de que sendo a matéria um
ato e uma relação direta com o objeto e seu, contudo, o chama de sentido de
apreensão do objeto, onde a essência significativa é a própria essência
intencional vivencial do ato que pode conferir significado a uma determinada
expressão. Sendo tal relação definida pela vivência e objeto existente no meio
em que o sujeito vive.
Nesse sentido, a
consciência apresenta-se organizada dentro de três sentidos e que se relacionam
com as representações sensoriais: conjunto de todas as vivências, a percepção
interna das vivências psíquicas do ser consciente e vivência intencional. Assim,
a intencionalidade está presente na consciência, sendo para esta uma
significação, tendo por base a análise reflexiva do próprio ato de pensar
enquanto manifesta a realidade e relação humana.
Assim, a subjetividade
transcendental, é apresentada como a fonte dos sentidos, sendo ela a base constituidora
do mundo e de si mesma. Dessa maneira, os sentidos quando relacionados às
vivências do sujeito e objeto, apresentam-se como o mundo desse sujeito em sua
totalidade e que se relaciona com as
vivências psíquicas empiricamente, as próprias experiências dos
os atos psíquicos ou vivências intencionais, sendo a intencionalidade a marca
do mental.
Referência
LECLERC, André.
Filosofia da Mente. Primeira Parte: O Domínio do Mental – Unidade 1.3: Intencionalidade
e Consciência. UFC/CNPq. p. 23-32.
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