quarta-feira, 6 de agosto de 2014

FILOSOFIA MEDIEVAL
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Caracterização da Filosofia Medieval
As principais preocupações dos filósofos medievais foi a de fornecer argumentações racionais, espelhadas nas contribuições dos gregos, para justificar as chamadas verdades reveladas da Igreja Cristã e da Religião Islâmica, tais como a da existência de Deus, a imortalidade da alma etc.
Os dois Grandes Períodos da Filosofia Cristã
Filosofia dos Padres da Igreja, ou Patrística, que foi até o século V: A Patrística se desenvolveu num ambiente altamente influenciado pela filosofia grega e dela se valeu para esclarecer e defender o novo conteúdo da fé. O Neoplatonismo, contemporâneo da Patrística, teve grande ascendência sobre os primeiros escritores cristãos.
Filosofia dos Doutores da Igreja, ou Escolástica, que foi até o século XIV : Filosofia das escolas, ensinada nas escolas e predominante na Europa, do século XI ao século XIV. Duas vertentes nortearam o pensamento dessa época: 1) a tradição religiosa, que, como princípio de autoridade que pertence à Igreja, determinou a investigação intelectual e protegeu o pensamento contra os erros; 2) a doutrina filosófica (no início, a platônica-agostiniana e depois a aristotélica), que serviu de instrumento para essa investigação.
Principais Representantes
São Justino (165 d.C.); Tertuliano (155 d.C.); Santo Agostinho (354-430); Santo Anselmo (1033-1109); Pedro Abelardo (1079-1142); Santo Tomás de Aquino (1221-1274); John Duns Scot (1270-1308); e, Guilherme Ockham (1229-1350).
Santo Agostinho (354-430)
Ao lado da fé na revelação, deseja ardentemente penetrar e compreender com a razão o conteúdo da mesma. Estabelece de bases sólidas para o conhecimento racional, antecipando o cogito cartesiano, apelará para as evidências primeiras do sujeito que existe, vive, pensa e duvida.
Em relação ao platonismo, reinterpreta para conciliá-lo com os dogmas do cristianismo e apresenta uma nova versão da teoria das ideias, modificando-a em sentido cristão, para explicar a criação do mundo.
Santo Tomás de Aquino (1221-1274)
Santo Tomás representa o apogeu da escolástica medieval na medida em que conseguiu estabelecer o perfeito equilíbrio nas relações entre a Fé e a Razão, a teologia e a filosofia, distinguindo-as, mas não as separando necessariamente. Ambas, com efeito, podem tratar do mesmo objeto: Deus, por exemplo. Contudo, a filosofia utiliza as luzes da razão natural, ao passo que a teologia se vale das luzes da razão divina manifestada na revelação.
Período histórico fundamental para a civilização do mundo ocidental, da qual somos parte integrante, descobrindo a evolução de novas ideais e sua influência na sociedade, na tentativa de desvendar o universo e as leis que o regem e tem como essência conciliar fé com razão.
Referência
PELELLA, Giovanni. História da Filosofia Medieval. São Luís: UemaNet, 2010.

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