REFLEXÃO SOBRE A LETRA DA MÚSICA DE GABRIEL
PENSADOR – “ESTUDO ERRADO”
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
1) Quais implicações você pode observar ao ouvir e/ou ler a letra
da música “Estudo Errado” ?
A letra da música do Gabriel Pensador,
“Estudo Errado”, objetiva a realização de reflexões sobre a prática do
educador no seu cotidiano, em dois contextos distintos:
No primeiro contexto temos as reflexões
sobre a postura acerca do método de ensino (que na maioria das vezes é
tradicional – onde temos a aceitação passiva e o comodismo do aluno diante das
informações repassadas, sem reflexões críticas, a memorizar os conteúdos
transmitidos, obediência às normas estabelecidas, entre outras); a aprendizagem
não-significativa, que pode ocorre, por ser às vezes, desconexa da realidade e
sem uma contextualização; e, o repasse de conteúdos fragmentados, o que
dificulta a interdisciplinaridade e a aprendizagem de forma mais coesa.
Já no segundo é instigada a reflexão
sobre a necessidade de inovação dos conceitos e práticas educacionais, com
práticas inovadoras e motivadoras, onde os educando e educadores venham a
construí juntos o conhecimento. A partir de um assumir com responsabilidade e
com mais seriedade, para contribui na formação das personalidades do educado,
respeitando suas necessidades e interesses, com temas e conteúdos
significativos, de forma contextualizada, com base na realidade na qual os
educandos estão inseridos.
2) Por que é necessário estudar no mundo de hoje?
Dentro do processo educacional, ocorre
no homem, o crescimento tanto pessoal como grupal, pelo qual o ser humano
desenvolve conhecimento a respeito do mundo, dentro de uma relação intrínseca
com a cultura do grupo social no qual está inserido, ou seja, o desenvolvimento
de competência cognitiva, que está fortemente vinculado ao processo de
aprendizagem e a prática social.
É através do estudo que o homem adquire
e/ou constrói o conhecimento. E no mundo atual, globalizado e cheio de
tecnologias, torna ainda mais necessária a busca: pela formação, pela
qualificação, pela atualização dos acontecimentos e dos conhecimentos, propicia
também, o acompanhamento das transformações do mundo, e que é imprescindíveis
para o desenvolvimento do próprio homem.
3) O que se ensina, atualmente, nas escolas?
Nas escolas, os educadores, ao que
parece, buscam na elaboração do currículo (na escolha dos conteúdos), se pauta
em documentos entre os quais os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s),
visando alcançar metas colocadas pelo próprio governo (nas diversas esferas:
Municipal, Estadual e principalmente o Federal), a exemplo temos a Prova Brasil
que ocorre a cada dois anos (desde 2005), que serve de parâmetro para calcular
o IDEB (índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN’s) propõe que os conteúdos trabalhados tenham sua organização dentro de
uma abordagem interdisciplinaridade e contextualização.
Art. 27. Os conteúdos
curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
I - a difusão de valores
fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de
respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II - consideração das
condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;
III - orientação para o
trabalho;
IV - promoção do desporto
educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.
(PCN’s, 1998)
Nesse contexto, observa-se que os PCN’s
apresentam uma proposta de elaboração de um currículo articulado em torno
de eixos temáticos que dê significado ao aprendizado do alunado, tendo em vista
as competências e habilidades que se pretende desenvolver no mesmo.
Entretanto, na atualidade, o que se
percebe, é que ainda há uma necessidade de se buscar a construção de um
referencial curricular que possibilite uma melhor organização e/ou
reorganização da prática docente, devendo ser o mesmo amplamente estudado e
discutido por educadores tendo em vista as diversidades cotidianas dos
educandos.
4) Qual o papel da educação no atual contexto da sociedade?
A educação, dentro de seu papel social,
deve objetivar uma formação integral e integrada de cada indivíduo, visando uma
formação crítica, para o pleno exercício cidadão, “capazes de
reinventar o mundo numa direção ética e estética". (FREIRE, 1997, p.
35), ou seja, numa ação capaz de conduzir a formação do cidadão, bem uma ação
prática do mesmo, a partir de questionamentos e ações reflexivas, dentro de uma
autonomia que direcione para a inserção e ação social.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Políticas e
educação: questões da nossa época. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
GENTILE, Paola. É assim que se aprende. Nova Escola, São
Paulo, ano XX, nº. 179, pp. 52 – 57, jan./ fev. 2005.
HAITOR, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São
Paulo: Ática, 2002.
REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: Uma Perspectiva
Histórico-cultural da Educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
SCHLIEMANN, Analúcia Dias; Carraher, David William; Carraher; Terezinha
Nunes. Na vida dez, na escola zero. 10 ed. São Paulo:
Cortez, 1995.
Brasil, Secretaria de
Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos
parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. –
Brasília: MEC/SEF, 1998.
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