segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Tecnologia de Informação para Pessoas Surdas (Parte 4)
Alguns critérios de acessibilidade ambientes sociais e educacionais para o surdo
Mesmo sem critérios específicos, para que as redes sociais atendem uma comunidade com necessidades específicas, deve haver itens que favoreçam a usabilidade. Celina Oliveira, Costa e Moreira (2001) estabelecem critérios para programas educativos e ambientes informatizados de aprendizagem, e a análise desses critérios contribui para entender o apelo das redes sociais como o Facebook à comunidade surda e a busca pela melhorias em ambientes educacionais.
·      Universalidade da linguagem, abrangendo um público alvo amplo;
·      Navegabilidade, facilidade para buscar as partes;
·      Layout de tela, visual adequado, texto bem distribuído, imagens e animações, falas adequadas ao conteúdo;
·      Quantidade adequada de elementos em tela, para captar a atenção do usuário sem sobrecarga;
·      Legibilidade, diferentes usuários entendem o programa;
·      Rastreabilidade, o usuário encontra seu caminho no programa.
A grande aceitação e uso dessas redes pelos usuários surdos revela, além de critérios de aceitação, a existência de interatividade e afetividade nesse ambiente. Por permitir que se comuniquem por imagens e textos curtos, permite também que usem o ambiente sem grande domínio da língua portuguesa. Dessa maneira, a predominância de fotos, vídeos, ícones, e texto curto possibilita maior compreensão, e essa grande presença do visual atende o principal critério da leitura desse grupo.
 Refletindo sobre possibilidades do uso de softwares para o surdo
Criar o software para o usuário surdo necessita dos cuidados discutidos, e caracterizar avaliar o que é oferecido é essencial para que alcance o objetivo, principalmente quando estas estão atreladas a ambiente onlines. As seguintes possibilidades, apesar de apenas algumas delas, podem ser pensadas ao realizar essa avaliação:
·      O formato de exibição na tela é adequado?
·      A densidade de informações por tela é adequada?
·      As mensagens usam vocabulário e sinais simples e adequados ao usuário?
·      A língua de sinais, e a escrita da língua de sinais, são adequadas?
·      O programa adapta-se às necessidades do usuário?
·      Oferece estímulos motivadores?
Referências
Dicionário da Língua Brasileira de Sinais. Disponível <http://www.acessobrasil.org.br/libras/>. Acessado em 18/12/2013.
Mult-Trilhas. Disponível. <http://www.multi-trilhas.com/>. Acessado em 18/12/2013.
OLIVEIRA, Celina Couto de; COSTA, José Wilson da; MOREIRA, Mercia. Ambientes Informatizados de Aprendizagem: Produção e Avaliação de Software Educativo. Campinas: Papirus, 2001.
OLIVEIRA, Ramon de. Informática Educativa: Dos planos e discursos à sala de aula. Campinas: Papirus, 1997.
ROSSI, Marianne Stumpf. Educação de Surdos e Novas Tecnologias. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.
VAZ, Vagner Machado. O Uso da Tecnologia na Educação do Surdo na Escola Regular. Faculdade de Tecnologia de São Paulo, São Paulo, 2012.

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