segunda-feira, 6 de maio de 2019

PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA*
O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado através do Decreto de nº 83.548 de 5 de junho de 1979, localiza-se  no sudeste do Piauí, possuindo uma área de aproximadamente 100 mil hectares, tem a maior concentração de sítios arqueológicos, somando 55 no total, de importância mundial para o estudo das civilizações passadas e a construção da identidade do homem americano, além de conter uma grande quantidade de pinturas e gravuras rupestres. As pinturas foram classificadas em: tradição “Nordeste” subdivididas em Serra da Capivara, Serra Branca, Contorno Aberto e Miniaturas, apresentando traços mais finos, formas mais aprimoradas e muito movimento, e tradição “Agreste”, cuja formas representadas são maiores, mais rusticas e estáticas.
Pode-se encontrar também acervos de fósseis da megafauna, como o: toxodon, macrauchenia, hippidion, catonyx, smilodon entre outros. Fósseis estes com características peculiares, facilitadas e adaptadas ao ambiente da época para questões da própria sobrevivência dos animais.
Tais aspectos, por sua vez, contribuem para atração de turistas de todo o brasil e do mundo, fator este que contribui para movimentação econômica, favorecendo moradores das cidades vizinhas e comunidades que se encontram dentro do perímetro do Parque da Serra da Capivara. Nesse sentido, encontram-se em pontos estratégicos das rotas trilhadas pelos visitantes variados tipos de produtos que são comercializados, a exemplo: colares, chaveiros, camisetas, variedades cerâmicas etc.
O primeiro momento da aula-campo, e contato direto com vestígios que demonstram a presença típica dos seres que habitaram a época pleistoceno para o holoceno se findou com a exposição de fósseis dos animais referente a época citada. Questões curiosas apontam as peculiaridades referente ao tamanho e ao peso dos animais, que chegando a medir 5 metros de altura e a pesar 5 toneladas, como no caso das preguiças gigantes – sabendo, no entanto, que nem todas chegavam a essas medidas. Tais características eram facilitadas pela climática da área, e a medida que esta sofre mudanças na vegetação, tornando-se um clima mais seco, alguns animais da megafauna não se adaptam a climática e começam a desaparecer, até serem instintos no período holoceno.
O segundo momento efetivou-se com a observação do Sítio Boqueirão da Pedra Furada, onde se iniciaram as primeiras intervenções arqueológicas. Este sítio contém em toda sua extensão, que forma um enorme paredão, pinturas rupestres e também foi encontrado nele fragmentos de carvão e serra talhada.
Os fragmentos de carvão, que consta uma concentração em determinado espaço e não uma área mais ampla, permitem considerar a possibilidade de uma queima premeditada, nesse sentido, havendo intervenção humana, o que pode levar a outras interpretações da presença do homem na américa. Considerando essa descoberta com datação anterior dos vestígios do homem na américa segundo Clovis, para fins de informações, houve um momento dedicado à explicação da “Teoria de Clovis - o Estreito de Bering” e uma possível contraproposta de Niède Guidon.
A Teoria Clóvis por muito tempo foi a mais aceita nos meios científicos. Os homens teriam chegado à América há cerca de 11,5 mil anos, vindos da Sibéria pelo extremo norte da Ásia, atravessando o estreito de bering e chegando ao Alasca. O efeito da última glaciação, sofrida pela Terra na época, facilitava o acesso entre os dois continentes. Essa versão originou-se em pesquisas arqueológicas realizadas na região do Novo México, EUA, em 1937. As análises feitas pelo método de Carbono-14 fixaram a data da cultura Clóvis entre 10 e 11 mil anos.
O Sítio de Pedra Furada localizado em São Raimundo Nonato, no Piauí, foi encontrado nos anos 1960 e vem sendo estudado pela arqueóloga Niède Guidon. No local foram encontrados objetos de pedra lascada e vestígios de fogueira, que podem ter até 48 mil anos. Isso faria de Pedra Furada o mais antigo sítio arqueológico do continente. Além disso, foram encontrados fósseis humanos de aproximadamente 11 mil anos. O que negaria a datação da teoria de Clovis.  Existem muitas dúvidas em relação à Pedra Furada, uma vez que não existem fósseis humanos tão antigos quanto os vestígios (fogueiras e objetos). Alguns críticos alegam, por exemplo, que as fogueiras podiam ser resultado de raios.
O terceiro momento foi o deslumbrar da vista panorâmica. Sobretudo, demonstrar a dedicação para com a preservação de toda a Serra e a sua riqueza natural, como fator positivo à atratividade de turistas e visitantes.
O quarto momento, foi realizada a vista ao sitio do meio, trata-se de abrigo sobre rochas rodeados pela caatiga arbustiva e é formada arenito e finas camadas de siltito. Existes descrito nos paredões varios desenhos em narativa de figuras humanas e de animais dispostos em diversos planos. Contudo no trabalho de escravação foi centrados frentes a uma concentração de pinturas. Foram encontrado anbundantes resto de ocre- pigmento vermelho utilizados nas pinturas, que foram datada nos seguites resultados 12. 200 anos e 13. 900 antes do persente.
Entretanto presebeu- se a nessecidade de realiza uma nova escavaçao no lado oposto que pouco tempo depois foi obrigada a ser interopinda por conta da queda de blocos de tamanhos variados, mas por outro lado foi encontado no mesmo lugars restos de carvão extraidas de foqueiras. Entao em 1991 as escavaçoes foram retomadas em uma foqueira no setor proximo ao forno de farinha contruido por moradores da região, antes da criaçao do praque nacional, contudo foram encontradas as contas de um colar de grãos perfurados, fragmentos de cerâmica que e considerada a mais antiga das americas e uma machadinha de pedra polida.
O quinto momento foi marcado pelo contato com a arte artesanal de um vilarejo que fica nas propriedades da Serra da Capivara no sul do Piauí. A fábrica cerâmica produz produtos inspirandos nas pinturas rupestres encontradas em todo o parque. A intencionalidade dessa iniciativa é decorrente da proposta de fornecer emprego para os habitantes de toda vizinha do Parque Nacional Serra da Capivara, assim, promovendo renda para as famílias da região. Para além de intenções lucrativas, trabalho com a cerâmica é uma alternativa de minimizar e empedir o desmatamento, ainda, substituindo a lenha pelo gás, como redução da agressão ao ar.
O sexto momento ocorreu na Toca do Inferno. Este ponto específico é rodeado de “mistérios” em torno das narrativas dos moradores das comunidades que habitam o local. Acredita-se que os que faziam morada na toca eram “espíritos”. Devido à pouca concentração de oxigênio durante a noite, os indivíduos que acampavam nas proximidades ou no espaço da toca, ao perceberem as fogueiras se apagarem, atribuíam aos “espíritos” como sendo os causadores.
Outro fator que causa “espanto”, é o eco dos morcegos, que emitiam sons estranhos e assustadores. Sobretudo, o ponto de maior admiração é a formação rochosa em forma de um rosto humano, conhecida como “O Guardião”.
O sétimo e oitavo momento ficou a critério das exposições de pinturas rupestres, uma marca de todo a memória da presença humana na região, que se dividiram entre o Toca Baixão da Vaca, devido a criação de gado no local e a Toca do Paraguai, este abrigo compreende dois setores diferentes: uma parte baixa formada por arenito, com uma parede relativamente lisa e outra, uma parte alta de conglomerado com uma parede de seixos.
A culminação da aula-campo a respeito da presença do homem em terras americanas teve fim com a visita ao “Museu do Homem Americano” localizado na cidade de São Raimundo Nonato – PI. Todos os artefatos, documentos presentes no museu são autoexplicativos, assim, facilitando a interpretação temporal e espacial dos mesmos.
*Relatório elaborado na Disciplina de arqueologia pelos alunos: Brenda Suyane M. Ribeiro; Bruno N. Gonçalves; Josiel Luís F. de A. Carvalho; Lailson A. da silva; Marcos Ruan de A. Silva; Mateus Wilson S. dos Santos; Ruan David S. Almeida; e, Taylon J. da S. machado, sob orientação do professor Benilton Tôrre de Lacerda.
Acervo Fotográfico






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