PARQUE
NACIONAL SERRA DA CAPIVARA*
O Parque Nacional da Serra
da Capivara foi criado através do Decreto de nº
83.548 de 5 de junho de 1979, localiza-se
no sudeste do Piauí, possuindo uma área de aproximadamente 100 mil
hectares, tem a maior concentração de sítios arqueológicos, somando 55
no total, de importância mundial para o estudo das civilizações passadas e a
construção da identidade do homem americano, além de conter uma grande
quantidade de pinturas e gravuras rupestres. As pinturas foram classificadas
em: tradição “Nordeste” subdivididas em Serra da Capivara, Serra Branca,
Contorno Aberto e Miniaturas, apresentando traços mais finos, formas mais
aprimoradas e muito movimento, e tradição “Agreste”, cuja formas representadas
são maiores, mais rusticas e estáticas.
Pode-se encontrar também
acervos de fósseis da megafauna, como o: toxodon, macrauchenia, hippidion, catonyx,
smilodon entre outros. Fósseis estes com características peculiares,
facilitadas e adaptadas ao ambiente da época para questões da própria
sobrevivência dos animais.
Tais aspectos, por sua vez, contribuem
para atração de turistas de todo o brasil e do mundo, fator este que contribui
para movimentação econômica, favorecendo moradores das cidades vizinhas e
comunidades que se encontram dentro do perímetro do Parque da Serra da Capivara.
Nesse sentido, encontram-se em pontos estratégicos das rotas trilhadas pelos
visitantes variados tipos de produtos que são comercializados, a exemplo:
colares, chaveiros, camisetas, variedades cerâmicas etc.
O primeiro momento da
aula-campo, e contato direto com vestígios que demonstram a presença típica dos
seres que habitaram a época pleistoceno para o holoceno se findou com a
exposição de fósseis dos animais referente a época citada. Questões curiosas
apontam as peculiaridades referente ao tamanho e ao peso dos animais, que chegando
a medir 5 metros de altura e a pesar 5 toneladas, como no caso das preguiças gigantes
– sabendo, no entanto, que nem todas chegavam a essas medidas. Tais
características eram facilitadas pela climática da área, e a medida que esta
sofre mudanças na vegetação, tornando-se um clima mais seco, alguns animais da
megafauna não se adaptam a climática e começam a desaparecer, até serem
instintos no período holoceno.
O segundo momento
efetivou-se com a observação do Sítio Boqueirão da Pedra Furada, onde se
iniciaram as primeiras intervenções arqueológicas. Este sítio contém em toda
sua extensão, que forma um enorme paredão, pinturas rupestres e também foi
encontrado nele fragmentos de carvão e serra talhada.
Os fragmentos de carvão, que
consta uma concentração em determinado espaço e não uma área mais ampla,
permitem considerar a possibilidade de uma queima premeditada, nesse sentido,
havendo intervenção humana, o que pode levar a outras interpretações da
presença do homem na américa. Considerando essa descoberta com datação anterior
dos vestígios do homem na américa segundo Clovis, para fins de informações,
houve um momento dedicado à explicação da “Teoria de Clovis - o Estreito de
Bering” e uma possível contraproposta de Niède Guidon.
A Teoria Clóvis por muito
tempo foi a mais aceita nos meios científicos. Os homens teriam chegado à
América há cerca de 11,5 mil anos, vindos da Sibéria pelo extremo norte da
Ásia, atravessando o estreito de bering e chegando ao Alasca. O efeito da
última glaciação, sofrida pela Terra na época, facilitava o acesso entre os
dois continentes. Essa versão originou-se em pesquisas arqueológicas realizadas
na região do Novo México, EUA, em 1937. As análises feitas pelo método de
Carbono-14 fixaram a data da cultura Clóvis entre 10 e 11 mil anos.
O Sítio de Pedra Furada localizado
em São Raimundo Nonato, no Piauí, foi encontrado nos anos 1960 e vem sendo
estudado pela arqueóloga Niède Guidon. No local foram encontrados objetos de
pedra lascada e vestígios de fogueira, que podem ter até 48 mil anos. Isso
faria de Pedra Furada o mais antigo sítio arqueológico do continente. Além
disso, foram encontrados fósseis humanos de aproximadamente 11 mil anos. O que
negaria a datação da teoria de Clovis. Existem muitas dúvidas em relação à Pedra
Furada, uma vez que não existem fósseis humanos tão antigos quanto os vestígios
(fogueiras e objetos). Alguns críticos alegam, por exemplo, que as fogueiras
podiam ser resultado de raios.
O terceiro momento foi o
deslumbrar da vista panorâmica. Sobretudo, demonstrar a dedicação para com a
preservação de toda a Serra e a sua riqueza natural, como fator positivo à
atratividade de turistas e visitantes.
O quarto
momento, foi realizada a vista ao sitio do meio, trata-se de abrigo sobre
rochas rodeados pela caatiga arbustiva e é formada arenito e finas camadas de
siltito. Existes descrito nos paredões varios desenhos em narativa de figuras
humanas e de animais dispostos em diversos planos. Contudo no trabalho de
escravação foi centrados frentes a uma concentração de pinturas. Foram
encontrado anbundantes resto de ocre- pigmento vermelho utilizados nas
pinturas, que foram datada nos seguites resultados 12. 200 anos e 13. 900 antes
do persente.
Entretanto presebeu-
se a nessecidade de realiza uma nova escavaçao no lado oposto que pouco tempo
depois foi obrigada a ser interopinda por conta da queda de blocos de tamanhos
variados, mas por outro lado foi encontado no mesmo lugars restos de carvão
extraidas de foqueiras. Entao em 1991 as escavaçoes foram retomadas em uma
foqueira no setor proximo ao forno de farinha contruido por moradores da
região, antes da criaçao do praque nacional, contudo foram encontradas as
contas de um colar de grãos perfurados, fragmentos de cerâmica que e
considerada a mais antiga das americas e uma machadinha de pedra polida.
O quinto
momento foi marcado pelo contato com a arte artesanal de um vilarejo que fica
nas propriedades da Serra da Capivara no sul do Piauí. A fábrica cerâmica
produz produtos inspirandos nas pinturas rupestres encontradas em todo o
parque. A intencionalidade dessa iniciativa é decorrente da proposta de
fornecer emprego para os habitantes de toda vizinha do Parque Nacional Serra da
Capivara, assim, promovendo renda para as famílias da região. Para além de
intenções lucrativas, trabalho com a cerâmica é uma alternativa de minimizar e
empedir o desmatamento, ainda, substituindo a lenha pelo gás, como redução da
agressão ao ar.
O sexto momento ocorreu na
Toca do Inferno. Este ponto específico é rodeado de “mistérios” em torno das
narrativas dos moradores das comunidades que habitam o local. Acredita-se que
os que faziam morada na toca eram “espíritos”. Devido à pouca concentração de
oxigênio durante a noite, os indivíduos que acampavam nas proximidades ou no
espaço da toca, ao perceberem as fogueiras se apagarem, atribuíam aos
“espíritos” como sendo os causadores.
Outro fator que causa
“espanto”, é o eco dos morcegos, que emitiam sons estranhos e assustadores.
Sobretudo, o ponto de maior admiração é a formação rochosa em forma de um rosto
humano, conhecida como “O Guardião”.
O sétimo e oitavo momento
ficou a critério das exposições de pinturas rupestres, uma marca de todo a
memória da presença humana na região, que se dividiram entre o Toca Baixão da
Vaca, devido a criação de gado no local e a Toca do Paraguai, este abrigo
compreende dois setores diferentes: uma parte baixa formada por arenito, com
uma parede relativamente lisa e outra, uma parte alta de conglomerado com uma
parede de seixos.
A culminação da aula-campo a respeito da
presença do homem em terras americanas teve fim com a visita ao “Museu do Homem
Americano” localizado na cidade de São Raimundo Nonato – PI. Todos os
artefatos, documentos presentes no museu são autoexplicativos, assim,
facilitando a interpretação temporal e espacial dos mesmos.
*Relatório elaborado na Disciplina de arqueologia
pelos alunos: Brenda Suyane M. Ribeiro; Bruno N. Gonçalves; Josiel Luís
F. de A. Carvalho; Lailson A. da silva; Marcos Ruan de A. Silva; Mateus Wilson
S. dos Santos; Ruan David S. Almeida; e, Taylon J. da S. machado, sob orientação
do professor Benilton Tôrre de Lacerda.
Acervo Fotográfico
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