REFLEXÕES SOBRE PRÁTICA
DOCENTE E FORMAÇÃO CONTINUADA – *RECORTES DE TEXTOS
“Não é a prática que é formadora, mas sim a reflexão sobre a prática. É a
capacidade de refletirmos e analisarmos. A formação dos professores continua
hoje muito prisioneira de modelos tradicionais, de modelos teóricos muito
formais, que dão pouca importância a essa prática e sua reflexão. Este é um
enorme desafio para a profissão, se quisermos aprender a fazer de outro modo.
Da mesma maneira que é difícil mudar de práticas para práticas de outro tipo, o
caminho contrário é muito difícil de fazer.” (NOVOA, 2007, p. 16)
“Pensar a formação de professores implica, portanto, pensar que o
exercício da docência, conforme Tardif (1991) requer mobilização de vários
tipos de saberes: Saberes pedagógicos (reflexão sobre a prática educativa mais
ampla), saberes das disciplinas (envolvem os vários campos do conhecimento e
concretizam-se pela operacionalização dos programas), saberes curriculares
(selecionados no contexto da cultura erudita) e os saberes da experiência
(constituem-se saberes específicos que emergem no exercício da atividade
profissional).” (BRITO, 2006, p. 45).
“Na verdade, sabemos hoje
que o trabalho do docente representa uma atividade profissional complexa e de
alto nível que exige conhecimentos e competências em vários campos:
psicopedagogia e didática; conhecimento dos alunos, de seu ambiente familiar e
sociocultural; conhecimento das dificuldades de aprendizagem, do sistema escolar
e de suas finalidades; conhecimento das diversas matérias do programa, das
novas tecnologias da comunicação e da informação; habilidade na gestão da
classe e nas relações humanas, etc.” (TARDIF, 2008. p. 09)
“A educação que se
impõe aos que verdadeiramente se comprometem com a libertação não pode
fundar-se numa compreensão dos homens como seres vazios a quem o mundo ‘encha’
de conteúdos; não pode basear-se numa consciência espacializada, mecanicista
compartimentada, mas nos homens como ‘corpos conscientes’ e na consciência como
consciência intencionada ao mundo. Não pode ser a do depósito de conteúdos, mas
a da problematização dos homens em suas relações com o mundo. (...) Neste
sentido, a educação libertadora, problematizadora, já não pode ser o ato de
depositar, ou de narrar, ou de transferir, ou de transmitir ‘conhecimentos’ e
valores aos educandos, meros pacientes, à maneira da educação ‘bancária’, mas
um ato cognoscente.” (FREIRE, 2005, p. 78).
*Compilação: Patrícia Regina
C. da Silva
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