terça-feira, 6 de agosto de 2019

PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA: PARTE 1 – CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS E FILOSÓFICAS
Introdução contextual
No Brasil, um dos principais estudiosos da pedagogia histórico-crítica é Dermeval Saviani, ao lado de inúmeros colaboradores. A análise proposta por Saviani começa na categoria do trabalho, isto é, na maneira que o homem produz a sua existência e transforma a natureza em cultura.
Essa concepção pedagógica começa a ser organizada teoricamente no final da década de 1970 e expressa por Saviani na obra Escola e Democracia, na qual o autor aborda as principais tendências pedagógicas e propõe uma visão educacional que objetiva superar os elementos das escolas tradicional e nova.
A tendência histórico-crítica apresenta-se como uma pedagogia articulada com os interesses populares que valoriza, sobretudo, a escola com “métodos de ensino eficazes”, e dentro dos aspectos abordados, refletiremos sobre quatro pontos: Currículo, Metodologia, Papéis Educacionais, e, Avaliação.
Currículo
Compreende que o maior objetivo é a construção e a socialização dos conhecimentos científicos e dos saberes produzidos pela humanidade no decorrer da história, proporcionando ao aluno a superação do senso comum à consciência filosófica com vista em um conteúdo contextualizado e significativo.
Metodologia
Dialógica e interdisciplinar, baseada na prática social vivenciada pelo estudante e o professor, visando compreensões distintas da realidade para que possam se apropriar do saber sistematizado, considerando 5 (cinco) passos essenciais: Prática Social; Problematização; Instrumentalização; Catarse; Prática Social.
Papéis Educacionais
A escola é concebida como mediadora e tem a função de possibilitar meios para o desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, com direcionamento para um aluno crítico, participativo, e transformador, sendo o professor o mediador e estimulador da aprendizagem.
Avaliação
E dentro do contexto dessa concepção, a avaliação prima pela interação qualitativa e quantitativa, com vista nos aspectos que tem como base uma avaliação diagnóstica, formativa e somativa, visando uma formação integral do aluno, ou seja, para que os alunos não apenas assimilem o saber e sim apreendam todo processo que envolve sua produção.
Referências
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 2 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 18. ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2009. (Educação Contemporânea).
 ______. Escola e Democracia. 25 ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1991.
 ______. Interlocuções pedagógicas: conversa com Paulo Freire e Adriano Nogueira e 30 entrevistas sobre educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2010.
 ______. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 11 ed. Campinas-SP: Autores Associados, 2012.

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