quarta-feira, 6 de julho de 2022

 PONTOS FUNDAMENTAIS PARA A CRIANÇA GOSTAR DE PRODUZIR TEXTOS (*)

A escola precisa está alerta e permanentemente criando condições e espaço para a criança escrever. Dentro das instituições estamos caminhando em direção a uma nova forma de vê o aprendizado de escrita. Assim a linguagem escrita se insere como um elemento de relevante interesse e uma base sólida na fase de alfabetização.

Para Jolibert (1994) “a aprendizagem da produção de textos deve ser realizada em situações reais, onde tenha uma função social concreta e que a tarefa do aprendiz seja basicamente a de construir textos com significados”.

Segundo a autora a produção de texto é como uma construção singular de cada sujeito, que ocorre com maior potencialidade em situações reais, vividas em grupo, com um objetivo claro e coordenado pela intervenção do professor.

Nesse cenário de preocupação com a língua escrita, é importante evidenciar uma intervenção pedagógica com bastante motivação positiva, pois a criança só escreve aquilo que ela aprecia algo que faísca no interior de seu corpo. 

Portanto, o gosto pela produção escrita pode ser aflorado com atividades que nas quais podemos citar: festas de vaquejada, das igrejas, suas brincadeiras como casinhas de bonecas, reprodução de história de bruxas, vampiros entre outros. Nessa perspectiva devem-se realizar as atividades de produção de textos na mais absoluta convivência e parceria entendendo que deve está lado a lado com a criança. Este cuidado deve existir desde que ela comece a fazer garatujas até que faça suas tentativas de uma produção de textos na forma convencional.

Entre os pontos relevantes para a construção das produções textuais estão: a motivação, preparo, treino da linguagem oral, imitação, criatividade, troca de ideias, enriquecimento das experiências dos alunos, temas interessantes para o nível da turma e leitura em voz alta pelo professor de contos de fada, fábulas e outros texto que circula na sociedade. Bajard (1994) afirma que:

“A criança precisa escutar histórias, abrir e percorrer e tentar escrever pequenas mensagens desde cedo, para construí-la aos poucos o sistema de escrita e a habilidade para servi dela”. (BAJARD 1994).

Para fim de análise, neste estudo, o desejo de escrever é expresso através das necessidades, dos interesses, das invenções e das emoções das crianças. Dessa forma, enquanto escreve, a criança aprende à escrita, vivenciando situações reais e significativas.

Outra razão importante que tem promovido a realização das produções textuais na escola destaca-se o desenho que é o ponto de partida para aprender escrever. A produção de textos neste estágio da evolução da escrita, a criança expressa seu pensamento através dos desenhos, dos rabiscos, das garatujas e das letras aleatórias. Nesse sentido, Ferreiro & Teberosky (1985) assinala:

Que o desenho é uma das atividades que prepara a criança para a alfabetização, pois, desenhando ela organiza suas ideias e sua mão para a leitura e a escrita, pelo desenho ela coloca no papel seus conhecimentos e seus pensamentos. O desenho é como se fosse escrita, através dele a criança vai escrevendo no papel no chão e em outros lugares o que sabe do mundo e das pessoas. (Ferreiro; Teberosky 1985)

Segundo as autoras para que o desenho seja uma forma de preparação para aprender a escrever ele tem que ser feito livremente pela criança não importa se não está muito parecido com aquilo que a criança desenhou, o importante é que a criança desenha e desta forma aprenda a se comunicar.

Neste contexto para que uma criança se aproprie desde cedo da língua escrita é necessário possibilitar que sua criatividade e sensibilidade seja aflorada, se assim proceder a criança pode desenvolver muito com a brincadeira de desenhar, de olhar e de comentar o que desenhou. Neste sentido, Seber, (2009) coloca que:

Ao dar nome àquilo que registram no papel, as crianças deixam para trás a etapa dos rabiscos e conquistam outro patamar evolutivo, do desenho propriamente dito. A convergência entre a expressão oral e gráfica manifesta avanço da capacidade representativa. O desenho progride e ocorre a diferenciação dos grafismos. Surgem então as primeiras intenções de escrever algo, pois elas imitam a conduta do adulto. (SEBER, 2009, p. 202).

Referências (* Material compilado)

FERREIRO, Emília. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.

JOLIBERT Josette. Formando criança produtora de texto. Porto Alegre. Artmed, 1994.

LERNER Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

MARTINS, Maria Silvia Cintra. Oralidade, escrita na infância. Campinas, SP: Mercado das letras, 2008.

PARREIRAS, Ninfa. Confusão de línguas na Literatura: o que o adulto escreve, a criança lê. Belo Horizonte: RHJ, 2009.

SABER, Maria da Glória. A escrita infantil: o caminho da construção. São Paulo: Scipione. 2009.

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