REFLEXÕES SOBRE OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR (Citações)
“A formação continuada de professores – por
vezes chamada de treinamento, reciclagem, aperfeiçoamento profissional ou
capacitação – tem uma história recente no Brasil. Intensificou-se na década de
1980 e, a despeito de pautar-se predominantemente por um modelo formal de
formação, foi assumindo formatos diferenciados em relação aos objetivos,
conteúdos, tempo de duração (desde um curso rápido até programas que se
estendam por alguns anos) e modalidades (presencial ou a distância, direta ou
por meio de multiplicadores)”
(BRASIL, 1999, p. 46)
“[...] não podemos falar nem propor
alternativas à formação continuada sem antes analisar o contexto político-social
como elemento imprescindível na formação, já que o desenvolvimento dos
indivíduos sempre é produzido em um contexto social e histórico determinado,
que influi em sua natureza.”
(IMBERNÓN, 2010, p. 09)
“[...] limitada porque, não compreendendo as
dimensões de sua ação, julga necessário “ensinar ao professor o seu fazer”,
entendendo esse fazer somente como um conjunto de conhecimentos técnicos.
Consequentemente, sua atuação torna-se predominantemente técnica,
desconsiderando-se as propostas reflexivas, os envolvimentos pessoais, as
possibilidades intuitivas que englobam seu trabalho. Limitante na medida em
que, ao valorizar somente o aspecto técnico, desconsidera a autoria e o
engajamento de ambos – coordenador e professor – no projeto pedagógico escolar,
além de um comprometimento social e político mais amplo dos educadores que
atuam na escola.”
(CLEMENTI, 2009, p. 56)
“Os professores de educação profissional
enfrentam novos desafios relacionados às mudanças organizacionais que afetam as
relações profissionais, aos efeitos das inovações tecnológicas sobre as
atividades de trabalho e culturas profissionais, ao novo papel que os sistemas
simbólicos desempenham na estruturação do mundo do trabalho, ao aumento das
exigências de qualidade na produção e nos serviços, à exigência de maior
atenção à justiça social, às questões éticas e de sustentabilidade ambiental.
São novas demandas à construção e reconstrução dos saberes e conhecimentos
fundamentais à análise, reflexão e intervenções críticas e criativas na
atividade de trabalho.”
(MACHADO 2008, p. 15)
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto
Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Política de Educação
Fundamental. Referenciais para a formação de professores. Brasília: MEC/SEF,
1999.
CLEMENTI, Nilba. A voz dos outros e a
nossa voz: alguns fatores que intervêm na atuação do coordenador. In: PLACCO,
Vera Maria Nigro de Souza, ALMEIDA, Laurinda Ramalho de (org). O coordenador
Pedagógico e o espaço da mudança. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
IMBERNÓN,
Francisco. Formação continuada de professores / Francisco Imbernón; tradução
Juliana dos Santos Padilha. – Porto Alegre: Artmed, 2010.
MACHADO, Lucília Regina de Souza. Diferenciais
inovadores na formação de professores para a educação profissional. Revista
Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica – Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Brasília: MEC, SETEC, V. 1,
n. 1, jun. 2008.
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