O FETICHISMO
DA MERCADORIA: UM FENÔMENO SOCIAL E PSICOLÓGICO
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
Introdução
O termo Fetichismo da mercadoria apresenta-se
como fenômeno social e psicológico, onde as mercadorias acabam que possui uma
espécie de vontade própria e independente a seus fabricantes, adquirindo mais
valor do que os seres humanos que os produzem e que, a partir de sistemas
midiáticos, acabam se transformando em objetos venerados e de consumo. E dessa
forma, tal mercadoria torna-se objeto de consumo estimulado pela mídia que vem
se configurando como uma poderosa ferramenta formuladora e criadora de opiniões,
valores, anseios e sentimentos subjetivos, influenciando nas interações e
relacionamento entre humanos, bem como no seu agir.
Fetichismo da mercadoria
Dentro desse fenômeno, as mercadorias acabam
por adquiri uma forma extraordinária capazes de ofertar muito mais do que uma
simples utilidade, apresenta-se como uma espécie de prazer dependente, que
traz, dentre outro sentimento, o de: felicidade, poder e status social. Esse Fenômeno
tem como origem a própria à produção capitalista (Provinda do Sistema
Capitalista) e que a parti das relações de produção ganha “vida própria”,
principalmente pelos mecanismos ideológicos midiáticos e que resulta no
conjunto de relações sociais entre o processo de produção, a mercadoria, a
propaganda e o consumidor.
Dessa forma, esse efeito (Fetichismo da
mercadoria), parte, sobretudo do sistema capitalista de produção em vista aos
anseios e desejos de consumo da sociedade, ou seja, é desenvolvido a partir da
produção de um determinado bem ou um objeto que venha satisfazer uma
necessidade qualquer do homem. Outro ponto é a necessidade de que se tenha “valor
de uso” e utilidade, que tenham também determinada qualidade e/ou
característica material, sendo este fenômeno, impulsionado pelo poder midiático,
de forma a condicionar a vida material e as relações de processo da vida
social, econômica, cultural, política e até mesmo espiritual.
O poder midiático dentro do
fenômeno do Fetichismo da mercadoria
A mídia dentro do processo do Fetichismo da
mercadoria influencia o consumismo, transformando as informações em verdadeiros
produtos, de forma a manipular o consumidor, influenciado direta e
indiretamente o modo de viver, bem como a construção personalidade sociais e
conduta de vida, tornando o consumo uma espécie de uma forma de lazer, de
libertação e até mesmo de exercício de cidadania.
Desta forma a mídia acaba que levando o homem
a desenvolver um tipo de obrigação de consumismo mesmo sem necessidade,
conduzindo o ser humano à concepção de que o seu valor é medido pelo seu poder
de consumo, ou seja, pelo seu poder de compra. Essa atitude acaba que gerando
em certas pessoas, o chamado consumo desenfreado e a construção de um mundo
utópico de realizações das subjetividades interiores, como se os produtos fossem
capazes de propiciar o completo bem-estar social.
Considerações
O que nota-se com o fenômeno do Fetichismo
da mercadoria, é a ocorrência da desvalorização do mundo humano (das suas
virtudes) e a valorização do mundo material (o produto – mercadoria) com bases
ideológicas e concepções políticas, religiosas, dentro de uma ilusão de prazer
e poder e que influencia o modo de pensar e concepções de vida e do mundo. E, nesse
contexto a mídia surge como uma ferramenta poderosa, manipuladora, e ao mesmo
tempo criadora de opiniões, normas e conduta social, do agir humano e das
realizações dos desejos pessoais, onde o consuma ilusoriamente o tornará um ser
cada vez mais feliz, ou seja, que a plena realização pessoal e adquirida
através do consumo.
Referência
SAKAMOTO,
Bernardo Alfredo Mayta. Filosofia
política contemporânea. São Luís: UemaNet, 2013. Disponível no Ambiente
AvaMoodle.
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