FREGE E A
ANALISE LÓGICO-SEMÂNTICA DE LINGUAGEM
Prof. Esp. Francisco das C. M. dos Santos
De acordo com Frege, o
indivíduo forma sua ideia a partir de uma representação própria que tem como
base a sua experiência de forma subjetiva e que possivelmente pode ser
garantida pela uniformidade de assentimento entre os membros de uma determinada
comunidade. Assim, o teórico, busca construir a significação de uma expressão
em seu emprego e o uso da mesma tendo como base a unidade semântica da frase
(sentença), e não das palavras que a compõem.
[...]
Frege, no texto “Sobre o sentido e a referência”, de 1892, defendeu que os
nomes vinculam-se aos objetos pela mediação de um sentido, e este sentido tem a ver com os atributos do objeto
nomeado, pois no sentido está um modo de apresentação daquilo mesmo que é
nomeado. (BRAIDA, 2009, p. 80)
Nesse sentido, não se pode apenas dentro de um
contexto de uma frase completa, afirmar que o indivíduo é detentor do
pensamento, mas sim do pensar são nomes próprios, pois uma
determinada frase expressa um pensamento completo somente se possui uma
referencia com vista aos objetos observado no mundo. Assim, o sentido é o que
nos permite chegar a uma referencia no mundo e ao mesmo tempo dar nomes aos
objetos, a partir de um referencia linguístico já existem.
Segundo
Braida (2009, p. 83): “Frege postulou que
todas as expressões designadoras de objetos, os termos singulares da lógica,
tais como os nomes próprios, as descrições definidas e os pronomes, expressariam um sentido e designariam um objeto”. Dessa
forma, o sentido só nos permite reconhece algo se a ele está vinculado a uma
referencia. Em outros termos, o sentido permite alcançarmos um objeto existente
no mundo, entretanto é o objeto existente no mundo que nos permite estabelecer
um juízo de valor, ou seja, que nos permite realizar uma avaliação desse objeto
em falso ou verdadeiro.
Nesse
contexto, observa-se que para Frege, a concepção lógico-semântica constitui-se
em uma conexão estreita entre o significado, a verdade e a referência
(objetividade) dos objetos observados no mundo, e que a explanação do
significado de uma determinada frase (sentença) consiste em especificar as
condições sob as quais essa sentença poderá ser verdadeira ou falsa. Dessa
forma, possibilita ao indivíduo o livre ato do pensar, no entanto, não
do pensamento, pois o mesmo sofre influências das subjetividades do mundo.
Referência
BRAIDA, Celso Reni.
Filosofia da linguagem. Florianópolis: UFSC, 2009. Disponível no ambiente
UEMANET AVA Moodle. Acessado em maio de 2013.
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