sexta-feira, 6 de julho de 2018

ABORDAGEM DE PESQUISA QUALITATIVA, OBSERVAÇÃO ETNOGRÁFICA E ENTREVISTAS SEMIESTRUTURADAS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.
Profa. Me Jesus Andrade
Na pesquisa, a metodologia constitui-se em uma etapa importante para se obter os dados necessários para se conhecer a realidade pesquisada, permitindo dessa forma, aproximações, tanto com a população assistida quanto com o ato de fazer ciência e construir informações. A metodologia tem em si o desenho que pretende demonstrar o percurso da pesquisa, a mesma no desenvolvimento poderá ser replanejada conforme adequação aos fins a que se destina. E, segundo Moura (2010, p. 43), Compreendemos que o pesquisador está em atividade de pesquisa quando organiza suas ações de forma intencional e consciente.
De tal modo, tem-se a necessidade de encontrar procedimentos teórico-metodológicos que permitam explicar suas indagações a respeito do objeto investigado. Assim, a organização das ações que permitem a objetivação de seus motivos de investigação implica a escolha de determinadas ferramentas que viabilizam a condução da pesquisa. Nesse contexto, podemos citar, dentre outras, abordagem qualitativa, a observação etnográfica e entrevistas semiestruturadas, que direciona olhares para uma aproximação com a subjetividade dos sujeitos envolvidos e do fenômeno social.
A respeito da pesquisa qualitativa, Minayo (2004), ressalva que, essa metodologia responde a questões particulares, preocupando-se com um nível de realidade que não pode ser quantificada, e sim, numa compreensão que leva o pesquisador a oportunidade de submergir na subjetividade do pesquisando, e que nesse sentido pode proporcionar bons direcionamentos para as análises de cunho social, ou seja, dos fenômenos sociais.
No caso da observação etnográfica, compreende-se que ela é um momento de apreensão do real.  Segundo Richardson (2009), o observador não é apenas um espectador do fato a que está sendo estudado, ele se coloca na posição e ao nível dos outros elementos humanos que compõem o fenômeno a ser observado. Nessa dimensão, isto significa dizer que a inserção do pesquisador permite que no decorrer da coleta dos dados, a realidade cotidiana dos pesquisados possa acontecer de forma espontânea, natural, numa relação alicerçada na confiança, o que oportuniza ao pesquisador captar as informações no momento em que o fato ocorre.
E, a Entrevista semiestruturada, apresenta-se como um encontro interpessoal no qual é incluída a subjetividade dos protagonistas, podendo se constituir em um momento de construção do novo conhecimento, nos limites da representatividade da fala e na busca de uma horizontalidade nas relações de poder. De acordo com Triviños (2010), parte de questionamentos apoiados em teorias e hipóteses, que interessam à pesquisa e que, podendo oferecer posteriormente amplo campo de interrogativas e re-elaboração de novas hipóteses que surgi a partir das respostas do informante possibilitando um aprofundamento no fenômeno pesquisado.
REFERÊNCIAS
MINAYO, Maria Cecília de Sousa (org). Pesquisa Social: Teoria, métodos e criatividade. Petrópolis – RJ: Vozes, 2004.
RICHARDSON, R.J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 2010.

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