sexta-feira, 6 de julho de 2018

INFÂNCIA E ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: deslizando por entre mundos...
CABRAL, Lêda Ferreira[1]
INTRODUÇÃO
O presente texto parte de notas de campo de uma pesquisa de mestrado, que teve como cenário de investigação a sala de aula de matemática, cujos achados foram produzidos junto a uma turma do 5º ano do ensino fundamental I de uma Escola Pública Municipal de Caxias-Maranhão.  Para a realização da atividade, contamos com o apoio da docente da turma, que junto com a autora em questão, selecionou diversos problemas para ser trabalhado com a referida turma.
OBJETIVOS
Pensar sobre os diferentes modos que o conhecimento matemático pode se apresentar no decorrer da aula de matemática.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Em meio a um movimento de revisitar os diários de campo, trazemos, aqui, um dos problemas trabalhados em sala, que pode nos ajudar a pensar em diferentes estratégias de resolução. De posse do problema, os alunos apresentaram como soluções possíveis:


Os alunos apresentaram a linguagem de diversos modos, aqui, lembramos Cavalcanti (2001), que ao falar sobre “Diferentes Formas de Resolver Problemas” atribui à linguagem um papel importante no processo de construção de estratégias para a resolução de problemas matemáticos. Neste sentido, seja por meio de registros pictóricos, ou, ainda, por meio de algum algoritmo, na forma matemática de se apresentar.
CAMINHOS TRILHADOS
ü Pesquisa como Experiência;
ü Encontro com a escola, reencontro;
ü Observações da sala de aula (os registros das observações foram feitos em diários de campo e vídeo-gravação);
ü Trabalho com problemas em sala de aula;
ü Ideia Construto Benjaminiano.
ALGUMAS (IN)CONCLUSÕES
Podemos, entre outras questões, pensar que estes são vestígios de uma maneira criança de ser e estar no mundo, em que as experiências matemáticas dos alunos se constituem a partir de seus modos de se apresentar, diríamos que mais que rabiscos, desenhos, números, matemáticas, vemos a rapidez das crianças, que deslizam por entre mundos (DELEUZE & PARNET, 1998).
De algum modo, os alunos nos possibilitam pensar nas brechas, no “entre”, que se distancia dos modelos, da padronização, da modulação, dos caminhos impostos, das soluções prontas e acabados, comumente priorizados na educação escolar.
ALGUMAS VOZES
CAVALCANTI, C. T. Diferentes Formas de Resolver Problemas. In: SMOLE, K.S.
DINIZ, M.I. Ler. Escrever e resolver problemas: Habilidades básicas para aprender matemática. Kátia Stocco Smole e Maria Ignez Diniz (org.) Porto Alegre: Editora Artmed, 2001.
DELEUZE, G.; PARNET, C. Diálogos. Trad. Eloísa Araújo Ribeiro. São Paulo: Editora Escuta, 1998.
GALLO, S. Deleuze & a Educação. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

[1] Mestre e Doutoranda em Educação Matemática Pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho- UNESP-RC. Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual do Maranhão- UEMA e em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional UNINTER.

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