INFÂNCIA E ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS:
deslizando por entre mundos...
CABRAL, Lêda Ferreira[1]
INTRODUÇÃO
O presente texto parte de notas de campo de
uma pesquisa de mestrado, que teve como cenário de investigação a sala de aula
de matemática, cujos achados foram produzidos junto a uma turma do 5º ano do
ensino fundamental I de uma Escola Pública Municipal de Caxias-Maranhão. Para a realização da atividade, contamos com
o apoio da docente da turma, que junto com a autora em questão, selecionou
diversos problemas para ser trabalhado com a referida turma.
OBJETIVOS
Pensar sobre os diferentes modos que o
conhecimento matemático pode se apresentar no decorrer da aula de matemática.
RESULTADOS
E DISCUSSÕES
Em meio a um movimento de revisitar os
diários de campo, trazemos, aqui, um dos problemas trabalhados em sala, que
pode nos ajudar a pensar em diferentes estratégias de resolução. De posse do
problema, os alunos apresentaram como soluções possíveis:
Os alunos apresentaram a linguagem de
diversos modos, aqui, lembramos Cavalcanti (2001), que ao falar sobre
“Diferentes Formas de Resolver Problemas” atribui à linguagem um papel
importante no processo de construção de estratégias para a resolução de
problemas matemáticos. Neste sentido, seja por meio de registros pictóricos,
ou, ainda, por meio de algum algoritmo, na forma matemática de se apresentar.
CAMINHOS
TRILHADOS
ü Pesquisa
como Experiência;
ü Encontro
com a escola, reencontro;
ü Observações
da sala de aula (os registros das observações foram feitos em diários de campo
e vídeo-gravação);
ü Trabalho
com problemas em sala de aula;
ü Ideia
Construto Benjaminiano.
ALGUMAS
(IN)CONCLUSÕES
Podemos, entre outras questões, pensar que
estes são vestígios de uma maneira criança de ser e estar no mundo, em que as
experiências matemáticas dos alunos se constituem a partir de seus modos de se
apresentar, diríamos que mais que rabiscos, desenhos, números, matemáticas,
vemos a rapidez das crianças, que deslizam por entre mundos (DELEUZE &
PARNET, 1998).
De algum modo, os alunos nos possibilitam
pensar nas brechas, no “entre”, que se distancia dos modelos, da padronização,
da modulação, dos caminhos impostos, das soluções prontas e acabados, comumente
priorizados na educação escolar.
ALGUMAS
VOZES
CAVALCANTI,
C. T. Diferentes Formas de Resolver Problemas. In: SMOLE, K.S.
DINIZ,
M.I. Ler. Escrever e resolver problemas: Habilidades básicas para aprender
matemática. Kátia Stocco Smole e Maria Ignez Diniz (org.) Porto Alegre: Editora
Artmed, 2001.
DELEUZE,
G.; PARNET, C. Diálogos. Trad. Eloísa Araújo Ribeiro. São Paulo: Editora
Escuta, 1998.
GALLO,
S. Deleuze & a Educação. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
[1]
Mestre
e Doutoranda em Educação Matemática Pela Universidade Estadual Paulista Julio
de Mesquita Filho- UNESP-RC. Licenciada em Matemática pela Universidade
Estadual do Maranhão- UEMA e em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional UNINTER.
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