CONHECENDO AS REDES SOCIAIS (A PRÁTICA PEDAGÓGICA E AS MÍDIAS)
As redes sociais acompanham a existência da humanidade.
Desde que o ser humano começou a ser relacionar, a interagir, podemos afirmar
que ali elas já havia tipos de rede social. Se observarmos atentamente os modos
de organização em rede, chegaremos ao que o engenheiro Paul Baran diagramou
para ilustrar tipos de redes em seu livro On Distributed Communications, em
1964.
Modelos de Redes
Embora sua intenção não fosse
discutir redes sociais, seu diagrama nos demonstra a existência de diferentes
caminhos para se chegar onde se quer: Percebam que modelo A é denominado de
centralizado, apontando apenas um único caminho para se chegar ao centro; o
modelo B é denominado de descentralizado, pois nele encontramos pontos centrais
distribuídos; já o modelo C não apresenta um ponto central, há vários caminhos
para se chegar ao ponto desejado, denominado então de distribuído.
Se compararmos estes pontos
centrais com instâncias hierárquicas as quais impedem o trânsito igualitário ou
a socialização, é possível que, quanto menos pontos de hierarquia houver, mais
centralizada será a rede ali formada, e que quanto mais pontos de hierarquia
houver, mais distribuída a rede será, caracterizando-se assim por muitos pontos
de hierarquia, sujeitos capazes de se relacionar de forma igualitária, o que
metaforicamente nos leva a pensar nas redes sociais.
Estes pontos de hierarquia, se tomados como
conexões entre pessoas, nos dão a compreensão das redes sociais na internet.
Redes Sociais na Internet
As redes sociais utilizadas na
internet, em geral, são sistemas que funcionam com o primado fundamental da
interação social, ou seja, buscando conectar pessoas e proporcionar sua
comunicação. As redes sociais que têm sido utilizadas com maior
frequência são o Twitter, Facebook, etc.
De acordo com Tori, (2010, p.21)
a rede social via web serve para comunicar, colaborar, compartilhar e pode ser
explorada em atividades educacionais, isso porque o mundo virtual pode
funcionar como uma forma de envolver e motivar os estudantes a se envolverem
entre si, de se comunicarem, de vivenciarem situações diferentes daqueles que
são habituados ou simplesmente compartilhar situações que vivenciam em seu
cotidiano configurando, assim, uma possibilidade de aprendizagem colaborativa.
Educadores já têm
compartilhado na própria internet ações educativas com o uso de redes sociais
que deram certo, como por exemplo, a utilização dos 140 caracteres que o
Twitter disponibiliza para motivar aos alunos a potencializarem a habilidade de
sintetizar ideias, além de poder compartilhá-las instantaneamente.
Também é possível trabalhar a técnica literária conhecida como nanoconto ou
miniconto, que serve para aprimorar a estrutura da narrativa e as poesias
concretas. Enfim, à medida que os educadores vão se apropriando do potencial educativo
que as redes sociais dispõem, suas aulas e ideias vão fluindo, sendo
vivenciadas e compartilhadas como experiências positivas.
É interessante perceber que as redes sociais
permitem que as pessoas conectadas a elas tenham a possibilidade de participar
ou interagir nesses espaços. De acordo com Guerreiro (2006, p.187) o conteúdo
digital possibilita ao cidadão a expressar livremente seus limites e seu
potencial no campo do conhecimento, o que possibilitará uma aprendizagem também
espontânea. É esta espontaneidade que normalmente agrada aos internautas e que
pode ser utilizada para motivar as aprendizagens e transformá-las e
conhecimentos sistematizados em sala de aula.
Referência
Textos
compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização
Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7.
UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.
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