sábado, 6 de março de 2021

 CONHECENDO AS REDES SOCIAIS (A PRÁTICA PEDAGÓGICA E AS MÍDIAS)

As redes sociais acompanham a existência da humanidade. Desde que o ser humano começou a ser relacionar, a interagir, podemos afirmar que ali elas já havia tipos de rede social. Se observarmos atentamente os modos de organização em rede, chegaremos ao que o engenheiro Paul Baran diagramou para ilustrar tipos de redes em seu livro On Distributed Communications, em 1964.

Modelos de Redes

Embora sua intenção não fosse discutir redes sociais, seu diagrama nos demonstra a existência de diferentes caminhos para se chegar onde se quer: Percebam que modelo A é denominado de centralizado, apontando apenas um único caminho para se chegar ao centro; o modelo B é denominado de descentralizado, pois nele encontramos pontos centrais distribuídos; já o modelo C não apresenta um ponto central, há vários caminhos para se chegar ao ponto desejado, denominado então de distribuído.

Se compararmos estes pontos centrais com instâncias hierárquicas as quais impedem o trânsito igualitário ou a socialização, é possível que, quanto menos pontos de hierarquia houver, mais centralizada será a rede ali formada, e que quanto mais pontos de hierarquia houver, mais distribuída a rede será, caracterizando-se assim por muitos pontos de hierarquia, sujeitos capazes de se relacionar de forma igualitária, o que metaforicamente nos leva a pensar nas redes sociais.

Estes pontos de hierarquia, se tomados como conexões entre pessoas, nos dão a compreensão das redes sociais na internet.

Redes Sociais na Internet

As redes sociais utilizadas na internet, em geral, são sistemas que funcionam com o primado fundamental da interação social, ou seja, buscando conectar pessoas e proporcionar sua comunicação. As redes sociais que têm sido utilizadas com maior frequência são o Twitter, Facebook, etc.

De acordo com Tori, (2010, p.21) a rede social via web serve para comunicar, colaborar, compartilhar e pode ser explorada em atividades educacionais, isso porque o mundo virtual pode funcionar como uma forma de envolver e motivar os estudantes a se envolverem entre si, de se comunicarem, de vivenciarem situações diferentes daqueles que são habituados ou simplesmente compartilhar situações que vivenciam em seu cotidiano configurando, assim, uma possibilidade de aprendizagem colaborativa.

Educadores já têm compartilhado na própria internet ações educativas com o uso de redes sociais que deram certo, como por exemplo, a utilização dos 140 caracteres que o Twitter disponibiliza para motivar aos alunos a potencializarem a habilidade de sintetizar ideias, além de poder compartilhá-las instantaneamente. Também é possível trabalhar a técnica literária conhecida como nanoconto ou miniconto, que serve para aprimorar a estrutura da narrativa e as poesias concretas. Enfim, à medida que os educadores vão se apropriando do potencial educativo que as redes sociais dispõem, suas aulas e ideias vão fluindo, sendo vivenciadas e compartilhadas como experiências positivas.

É interessante perceber que as redes sociais permitem que as pessoas conectadas a elas tenham a possibilidade de participar ou interagir nesses espaços. De acordo com Guerreiro (2006, p.187) o conteúdo digital possibilita ao cidadão a expressar livremente seus limites e seu potencial no campo do conhecimento, o que possibilitará uma aprendizagem também espontânea. É esta espontaneidade que normalmente agrada aos internautas e que pode ser utilizada para motivar as aprendizagens e transformá-las e conhecimentos sistematizados em sala de aula.

Referência

Textos compilados integralmente de: GUERRA, Rafael Angel Torquemada [Org.]. Recursos Audiovisuais. Especialização Informática na Educação. Educação a Distância. C 569 / Cadernos Cb Virtual 7. UFPB/BC. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.

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