PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO: do Regime Militar ao Período de Redemocratização (Tópicos)
1 Regime Militar: 1964 a 1985
O
regime retirou a vinculação orçamentária. Com o Golpe Militar, o ensino em
todas as áreas da educação brasileira passou a ser rigidamente vigiadas pelos
comandantes das Forças Armadas. Professores foram presos e demitidos.
Universidades foram invadidas. Estudantes foram presos e feridos, nos confrontos
com a polícia, e alguns foram mortos; - A União Nacional dos Estudantes
proibida de funcionar. Em 1971 tivemos uma 2º Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Reformas na educação básica: 1º Grau com duração de 8 anos –
antigo Primário e Ginasial; 2º Grau com duração de três anos – antigo Colegial;
e, inseriu o ensino profissionalizante obrigatório – em 1974 essa modalidade
foi revogada. Fim da disciplina de História, Geografia, Filosofia e Sociologia.
Criação dos Estudos Sociais, Educação Moral e Cívica e OSPB – Organização
Social e Política do Brasil. Fechamento das faculdades de História.
2 Período de Redemocratização
1988-2003
Volta
a figurar na constituição a vinculação orçamentária. Determina que é
competência da União, fixar as diretrizes e bases da educação nacional. Exige a
aprovação de um novo plano nacional da educação. Luta era por um sistema
nacional de educação sob responsabilidade da União. No 1º projeto tinha um
capítulo chamado: do sistema nacional de educação, porém foi alterado para: da
organização da educação nacional.
3 Contexto atual da Educação
A política educacional brasileira é marcada
fortemente por descontinuidades. A marca da descontinuidade na política de
educação atual se faz presente na meta, sempre adiada, de eliminação do
analfabetismo e universalização do ensino fundamental. O Brasil chegou ao final
do século XX sem resolver um problema que os principais países resolveram na
virada do século XIX para o XX: a universalização do ensino fundamental, com a consequente
erradicação do analfabetismo. Para enfrentar esse problema a Constituição de
1988 previu, nas disposições transitórias, que o Poder Público nas suas três
instâncias (a União, os estados e os municípios) deveriam, pelos dez anos
seguintes, destinar 50% do orçamento educacional para essa dupla finalidade.
Quando esse prazo estava vencendo, o governo
criou o FUNDEF com prazo de mais dez anos para essa mesma finalidade; e a LDB,
por sua vez, instituiu a década da educação; seguiu-se a aprovação em 2001, do
Plano Nacional de Educação, que também se estenderia por dez anos. No final de
2006, ao se esgotarem os dez anos do prazo do FUNDEF, foi instituído o FUNDEB,
com prazo de 14 anos, ou seja, até 2020.
Após
pouco mais da metade do tempo do PNE, surgi um novo Plano, o Plano de
Desenvolvimento da Educação (PDE) estabelecer um novo prazo, desta vez de
quinze anos, projetando a solução do problema para 2.022. Nesse diapasão, já
podemos conjecturar sobre um novo Plano que será lançado em 2022 prevendo, quem
sabe, mais 20 anos para resolver o mesmo problema.
Referências
ARANHA,
Maria Lúcia de Arruda. História da
educação. São Paulo: Moderna, 1989.
BREJON,
Moysés. (org.) Estrutura e funcionamento
do ensino de 1° e 2° graus: leituras. 7 ed. São Paulo: Pioneiras, 1976.
PILLETTI,
Nelson. Estrutura e funcionamento do
ensino de 1° grau. 22 ed. São Paulo: Ática, 1996.
________. História da educação no Brasil. 6. ed. São Paulo: Ática, 1996.
RIBEIRO, Maria Luísa Santos. História da educação brasileira: a organização
escolar. 13 ed. São Paulo: Autores Associados, 1993.
ROMANELLI,
Otaíza de Oliveira. História da educação
no Brasil. 13 ed. Petrópolis: Vozes, 1991.
SILVA,
Francisco de Assis. História do Brasil.
São Paulo: Moderna, 1992.
Nenhum comentário:
Postar um comentário