FUNÇÕES NO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR DE ACORDO COM SACRISTÁN (2000) (*)
1 – O currículo prescrito como cultura comum:
prescrições ligadas à ideia de um currículo comum para todos os alunos e
integrantes da comunidade escolar, portanto, homogêneo para todas as escolas.
2 – O currículo mínimo prescrito e a
Igualdade de oportunidades: possibilitam que seja oferecida a todos a igualdade
de oportunidades em relação aos conhecimentos mínimos que o ensino obrigatório
deve oferecer. No entanto, conforme Sacristán (2000), é preciso ter cuidado na
regulação dos conteúdos mínimos ou currículo comum, para não cair na
ingenuidade de acreditar que se cumprirá tal potencialidade pelo fato de ser
regulada administrativamente, sendo necessário analisar o poder igualador e
normatizador que o currículo prescrito conjuntura.
3 – O currículo prescrito e a organização do saber
dentro da escolaridade: são os conteúdos base da ordenação do sistema,
estabelecendo a sequência de progresso pela escolaridade e pelas especialidades
que o compõem. O progresso dentro da escolaridade seria a promoção dos alunos,
ao ordenar o tempo de sua aprendizagem em ciclos ou em cursos.
4 – O currículo prescrito como via de
controle sobre a prática de ensino: pré-condiciona o ensino, em torno de
códigos que se projetam em metodologias concretas nas instituições educativas.
5 – Controle da qualidade: são as prescrições
de um determinado currículo para que se torne um referencial de controle da
qualidade do sistema educativo.
6 – Prescrição e meios que desenvolvem o
currículo: os meios podem significar a autonomia profissional ou orientar a
prática pedagógica através do controle do processo. Sacristán (2000) diz que
quando os profissionais da educação organizam a sua prática ou quando realizam
seus planos “têm dois referenciais imediatos: os meios que o currículo lhe
apresenta com algum grau de elaboração, para que seja levado à prática, e as
condições imediatas de seu contexto”.
7 – O formato do currículo: a organização do
sistema escolar sobre as projeções das escolas e da prática de ensino, em seus
aspectos de conteúdos e métodos, vai depender de determinantes históricos,
políticos, de orientações técnicas e da própria valorização que se realiza
sobre a função que o formato curricular deve cumprir. (SACRISTÁN, 2000).
*Compilação
de texto de: BARBOSA, Ana Clarisse Alencar; FAVERE,
Juliana de. Teorias e Práticas do
Currículo. Indaial: Uniasselvi, 2013. (p. 227)
Referências
SACRISTÁN, Gimeno. O Currículo uma reflexão sobre a prática. 3 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
SACRISTAN, J. Gimeno; GOMEZ, A. I. Perez. Compreender e transformar o ensino. 4 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2000.
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