Espaço destinado a publicações de materiais pedagógicos, culturais, escolares, acadêmicos e informativos variados, dentro das diversas abordagens temáticas e campos de conhecimentos, que visem o despertar para possíveis reflexões, disseminação e (re)construção de saberes. (Profa. C. Coelho; Profa. L. Cabral, Prof. R. Plabio, Prof. F. Santos)
domingo, 6 de abril de 2025
quinta-feira, 6 de março de 2025
ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS DO PROFISSIONAL DO MAGISTÉRIO: LEGISLAÇÃO (Recortes de texto)
A acumulação
remunerada de cargos públicos, ou seja, situação em que o servidor ocupa mais
de um cargo, emprego ou determinada função pública, é regida conforme a
Constituição Federal. De forma geral, a acumulação remunerada de cargos, funções e
empregos públicos é proibido, apresentando-se exceção à regra geral, temos
entre outros casos, os profissionais do magistério da educação
básica, no qual é permitida, se houver
compatibilidade de horários.
Conforme a legislação (artigo 37, inciso XVI alínea “a” e “b” – Constituição Federal de 1988),
os profissionais do magistério da educação básica, pode acumular cargos ou
funções em diferentes instituições de ensino, desde que não ultrapasse a jornada
máxima de 60 horas semanais, 1 (um) cargo de
professor + 1 (um) cargo de professor ou 1 (um)
cargo de professor + 1 (um) cargo técnico ou científico (desde que haja compatibilidade horários), podendo atuar os dois vínculos, tanto em escola
de tempo parcial, quanto de tempo integral.
Vale lembra que são considerados cargos técnicos ou científicos, a) Aqueles
para cujo exercício seja indispensável a escolaridade completa em curso de
nível superior; e, b) Aqueles para cujo exercício seja indispensável a
escolaridade de, no mínimo, nível médio (2º grau), com atribuições
características de “ um técnico”. Exemplo: técnico que atua em laboratório, ou
mesmo um técnico em contabilidade, tendo em vista essa necessidade, para as
atribuições do cargo acumulável com o cargo de professor, conforme o Ofício
Circular SAF nº 07/90 – itens III e IV, e Acórdão TCU n. 408/2004 e AC
1.136/2008.
Outro ponto observado é
que, os profissionais
do magistério, ao atuar em escola de tempo parcial ou mesmo
de tempo integral, a, carga horária do concurso não é diminuída, por conta da
carga horária do funcionamento da escola. Os vínculos de concursos não estão
atrelados ao funcionamento da escola. Assim, um professor que tem
dois concursos de 25 horas, deve receber o salário correspondente às 50 horas do
seu concurso (nesse caso o professor cumprirá as atividades com interação com
alunos normatizado pela grade curricular da instituição e o restante do tempo será
o Horário Pedagógico).
TERÇO DA
JORNADA DOCENTE – HORÁRIO PEDAGÓGICO (HP): LEGISLAÇÃO E IMPORTÂNCIA (Recortes
de texto)
O terço de hora-atividade é um direito
garantido aos professores da educação básica, incluindo aqueles que trabalham
em escolas de tempo integral. Esse direito é previsto na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB) / Lei nº 11.738/2008 que diz: “§ 4o
Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3
(dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação
com os educandos.”, compreendendo assim, que dois terços da carga são para o desempenho das
atividades de interação com os educandos, ou seja, a atuação em sala de aula, e
um terço da carga horária é para
planejamento e outras atividades.
É de suma importância notar que o terço de
hora-atividade (conhecido como: Horário
Pedagógico – HP; Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo – HTPC; e, Aula de
Trabalho Pedagógico Coletivo – ATPC) é um direito garantido aos professores,
tanto na escola de tempo parcial, quanto em escola de tempo integral, e não pode
ser suprimido ou reduzido. Além disso, o terço de hora-atividade deve ser feito
de forma proporcional à jornada de trabalho de cada professor, bem como, com
vista na carga horária de sua disciplina curricular.
A carga horária de trabalho de um professor de escola de tempo integral durante os seus dois turnos pode variar dependendo da instituição de ensino e da legislação local, entretanto, aqui de forma geral pode funcionar conforme a jornada de trabalho, sendo organizada conforme a jornada de trabalho que é dividida em dois turnos: manhã e tarde, e, organizada com atividade docente com interação com alunos (conforme a lei a lei federal – 2/3) e atividades extraclasse (planejamento, avaliação, registros, devolutivas diversas, reuniões, formação, organização de materiais e recursos etc. conforme a lei federai – 1/3).
É importante notar que a carga horária de trabalho de um professor de escola de tempo integral pode variar dependendo da instituição de ensino e da legislação local. Além disso, é fundamental respeitar a jornada de trabalho docente com interação com os alunos e o Horário Pedagógico (HP) – conforme a Lei (Lei nº 11.738/2008), é garantido a todos os docentes, de escolas de tempo parcial e de tempo integral. É importante ressaltar que o Horário Pedagógico (HP), se torna uma oportunidade de reunir a equipe, realinhar os objetivos e metas para criar novos direcionamentos e inovação para atender às necessidades educacionais dos alunos e garantir a qualidade do ensino e aprendizagem.
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – PAD: ABRANGÊNCIA (Recortes de texto)
Resumo Contextual
O PAD visa atuar em situações relacionadas com
a vida funcional do agente público e do seu cargo/função ocupada, e não tem relação
com questões da vida privada, pois a vida privada não tem reflexo na vida
funcional, não sendo as situações da vida privada passíveis de apuração pelo
PAD, com exceção, os ocupantes de cargos de atividade policial (Lei 4.878/65,
art. 43).
No caso de servidor em estágio probatório, o PAD
é também obrigatório para apuração de faltas disciplinares destes referidos
servidores, pois, a reprovação no estágio probatório, e nesse caso o servidor
será exonerado de ofício (art. 34, I), quando não satisfeitas as condições
propostas pela legislação que rege toda a conduta do cargo/função exercido pelo
agente.
E de forma geral, alcança o servidor público conforme
diz os artigos: Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das
fundações públicas federais; e, Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a
pessoa legalmente investida em cargo público. Cargos públicos podem ser de:
Provimento efetivo; Provimento em comissão.
Nesse contexto, o mesmo se apresenta como um instrumento destinado a apurar
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas
atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se
encontre investido (Art. 148, Lei nº 8.112/90), ocasionado por infração
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as
atribuições do cargo em que se encontre investido.
O PAD não é um instrumento exclusivamente para
punição. Sua finalidade é a de garantir a exata aplicação da Lei, propiciando
ao acusado todos os direitos inerentes e, aos órgãos julgadores, delimitando a
exata dimensão de seus poderes, e de forma geral, é possível verificar a
ocorrência de 03 (três) princípios basilares: Legalidade; Presunção de
Inocência; e, Ampla Defesa e/ou Contraditório.
Com referência aos princípios basilares, temos:
a) Legalidade: Extraído do art. 5º, inciso II da Constituição Federal (“ninguém
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei”), tal princípio é aplicado ao PAD uma vez que todos os seus atos devem
seguir estritamente o que prevê a legislação; b) Presunção de Inocência:
Extraído do art. 5º, inciso LVII da Constituição Federal (“ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”),
tal princípio é aplicado ao PAD uma vez que o benefício da dúvida e a
tolerância são ensinamentos basilares; c) Contraditório e Ampla Defesa: Em que
pese serem dois princípios distintos, os mesmos se relacionam de forma íntima,
estando previstos na legislação. Trata-se da garantia do acusado poder exercer
plenamente sua defesa contra as acusações que lhe são imputadas.
OS PAPÉIS DO PROFESSOR NO CONTEXTO DA PRÁTIVA EDUCACIONAL: “OS DESAFIOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS” (Recortes de texto)
Dentro do processo educacional, fala-se muito
do desempenho dos alunos atrelado apenas ao trabalho do professor em sala de aula,
entretanto, existem outros fatores que muitas vezes não são levados em conta. É
preciso ter mais sensibilidade para com essa temática, pois em sala muitas
vezes o professor assumi “papeis” “múltiplos”
e desgastante, dentre os quais:
1) Papel de mentor e
orientador
Além de ensinar, os professores muitas vezes
assumem o papel de mentor, orientador e “psicólogo”, o que pode ser
emocionalmente exigente, e que o coloca dentro de contextos no qual o mesmo
precisa lidar com conflitos, lidam com conflitos entre alunos, ou entre alunos
e pais, o que pode ser “desgastante”. Lidar com desafios comportamentais exigir
muito esforço e paciência.
2) Preparação de relatórios e
documentação
A preparação de relatórios e documentação,
planos, preparação de aulas e registro de aulas, correção de provas, que
envolve o progresso dos alunos pode ser uma tarefa tediosa e demorada e que
muitas são apresentados desconexas entre documentos, teóricos e realidade das
escolas, bem como, sem orientações bons direcionamentos pedagógicos de(a) base
técnica. A carga de trabalho excessiva pode ser esgotadora.
3) Manter-se atualizado sobre
mudanças curriculares
Os professores precisam se manter atualizados
sobre mudanças curriculares e metodológicas, o que pode ser um desafio, tendo
em vista que há casos que as propostas educacionais, mesmo tendo uma base comum
curricular nacional, se divergem em pontos teóricos.
4) Lidar com a burocracia e
Falta de autonomia
Temos também a chamada “burocracia”, papelada
(muitas vezes fichas e mais fichas sem estruturas coerentes com a proposta
curricular, criadas de cima para baixo, meramente para preenchimento) podem ser
uma fonte de estresse e desgaste para os professores, além é claro da falta de
autonomia para tomar decisões sobre o currículo e o método de ensino pode ser
desgastante.
5) Lidar com a saúde mental
dos alunos e Atendimento a pais e responsáveis
Os professores podem precisar lidar com a saúde
mental dos alunos em sala de aula, o que pode ser emocionalmente exigente, juntamente
com os alunos temos o atendimento a pais e responsáveis pode ser uma tarefa
desgastante, especialmente se houver conflitos ou expectativas não atendidas,
tanto educacional como situações pessoais “trazidas” pelos pais para dentro da
escola.
6) Pressão para cumprir metas
de desempenho e Falta de reconhecimento
A pressão para cumprir metas de desempenho pode
ser estressante e desgastante, especialmente quando não se tem o aparo
administrativo, pedagógico e financeiro de quem deveria dar (“o poder público”),
além é claro da falta de reconhecimento e valorização do trabalho dos
professores.
7) Falta de recursos versus
Desenvolvimento contínuo
A falta de recursos e infraestrutura e de
materiais adequada pode dificultar o trabalho do professor e dificultar o
desenvolvimento contínuo do processo e ensino e aprendizagem, podendo tornar o
desenvolvimento e alcance de metas e objetivos desafiadores e exigindo muito mais
esforço.
Considerações
O que foi apresentado, foi apenas pequenos
aspectos do trabalho docente e seus desafios (que podem contribuir para o
cansaço e desgaste de um professor), sendo esses, alguns dos muitos desafios
que os professores podem enfrentar dentro de sua prática. É importante lembrar
que cada professor é único e pode enfrentar desafios diferentes e que o
trabalho de um professor é complexo e multifacetado, onde os desafios podem
variar dependendo do contexto e cada instituição.
ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS PARA A “BUSCA” DE METAS EDUCAIONAIS (Recortes de texto)
O processo de ensino e aprendizagem no contexto
escola requer um esforço conjunto e multifacetado a partir de estratégias que
direcionem o alcance da metas e objetivos propostos, dentre as quais temos:
1) Ensino Personalizado
Dentro desse aspecto podemos destacar a
elaboração de Avaliação Diagnóstica
visando identificar as necessidades específicas de cada aluno para a elaboração
de Plano de Ensino Individualizado,
que são planos de ensino personalizados para cada aluno.
2) Métodos de Ensino
Inovadores
Com o Uso
de Tecnologia, tais como aplicativos, plataformas online, jogos e
outras ferramentas digitais, podem favorecer o processo de ensino e
aprendizagem da leitura e a escrita, além do uso de Métodos de Ensino Ativos, com aprendizado baseado em
projetos e aprendizado por investigação.
3) Ambiente de Aprendizado
Acolhedor
Podemos desenvolver um Ambiente de Aprendizado Positivo, criando um ambiente de
aprendizado acolhedor que incentive os alunos a aprender., justamente com Recursos adequados, como livros,
materiais didáticos, lúdicos e tecnologia, para apoiar o aprendizado.
4) Apoio Pedagógico Extra
O Apoio
de Professores Auxiliares pode fornecer apoio adicional para alunos que
precisam de ajuda extra, e atrelado a um Programa
de Tutoria, pode também auxiliar os alunos que precisam de apoio
individualizado.
5) Monitoramento e Avaliação
O Monitoramento
regular do progresso dos alunos para identificar áreas de melhoria e ajustar
as estratégias conforme necessário, realizando Avaliação Contínua para medir o impacto das ações e ajustar
as estratégias de ensino e melhorar os resultados dos alunos.
Considerações
As estratégias devem ser adaptadas às
necessidades específicas de cada comunidade escolar, sendo fundamental envolver
todos os atores do processo por meio de planejamento e implementação de ações
que visem garantir o alcance das metas e objetivos educacionais.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
O USO DE MÚSICA COMO ESTRATÉGIA NO “SILENCIAR PEDAGÓGICO”
1 Contextualizando
Dentro de uma sala de aula é
importante conquistar a atenção das crianças, conquistar a concentração (o que
chamamos muitas vezes de: “silenciar” para concentrar-se na aula”), e, entre as
estratégias pedagógicas, temos o uso de música, que pode se apresentar como uma
tática pedagógica eficaz para promover a disciplina e o respeito ao ambiente de
aprendizado.
Conforme a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), a utilização de música para “silenciar” uma turma e conquistar a atenção
das crianças pode ser uma estratégia eficaz para promover e valorizar a criação
de um ambiente de aprendizado favorável, bem como os interesses dos alunos, possibilitando também a promoção da expressão e da comunicação.
O ambiente de
aprendizado deve ser favorável ao desenvolvimento integral dos alunos,
promovendo a disciplina, o respeito e a cooperação. Para isso, é importante
criar um clima de trabalho que seja favorável à concentração e à reflexão,
utilizando recursos como a música, a iluminação e a organização do espaço.
(BNCC, 2018, p. 53)
Nesse sentido, o uso de música pode ser uma
ferramenta útil para promover a calma e a concentração, reduzir o ruído e a
distração e criar um ambiente de respeito e disciplina, bem como, promover
comunicação e relações sociais, pois: "A música, como linguagem artística,
pode ser utilizada para promover a expressão e a comunicação, além de
contribuir para a formação de habilidades e competências." (BNCC, 2018, p.
156)
2 Benefícios do uso de música
a) Promove a calma: A música pode ajudar a
reduzir o nível de ruído e promover a calma na sala de aula.
b) Melhora a concentração: A música pode ajudar
os alunos a se concentrar e a se focar na atividade em questão.
c)
Cria um ambiente agradável: A música pode ajudar a criar um ambiente agradável
e acolhedor na sala de aula.
3 Dicas para utilizar a música
a) Escolha músicas calmas: Escolha músicas chamativas,
podendo usar uma linguagem mais próxima da criança para um melhor entendimento do objetivo.
b). Use a música de forma consistente: Use a
música de forma consistente para silenciar a turma, para que os alunos aprendam
a associar a música ao silêncio.
c)
Use a música em momentos específicos: Use a música em momentos específicos,
como: início de aula; durante as atividades de leitura ou de escrita, para
ajudar os alunos a se concentrar.
Considerações
A música é sem dúvida uma marca cultural de uma
sociedade e está inserida constantemente ao redor das crianças, assim, torna-se
imprescindível que seja trabalhada com os educandos em sala de aula de forma a desenvolver
não somente o gosto musical, mas, criatividade, imaginação, memória, movimento,
respeito levando a concentração e à reflexão, levando ao desenvolvimento de habilidades
e competências dentro de uma prática alfabetizada e letrada.
A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO CRÍTICO PARA O EXERCÍCIO CIDADÃO
Precisamos ter o olhar crítico, construir um conhecimento coerente e consistente. É
importante saber filtrar as opiniões que os
outros emitem sobre as diversas situações e pessoas para não vivermos
como as ondas do mar, sendo levados para um lado e outro. Seja um cidadão crítico e reflexivo!
Ter o olhar crítico significa ser capaz de
olhar e analisar situações com a intenção de julgar se as qualidades são boas
ou ruins, mas não apenas isso, essa habilidade também tem relação em avaliar as
coisas e situações para desenvolver suas próprias opiniões e ideia.
Ter o olhar crítico é um exercício frequente de
observação, investigação, pesquisa, diálogo e reflexão na busca do questionamento,
sempre com o objetivo de melhorar algo, ou seja, identificar os vários lados de
cada situação é decidir de forma fundamentada e
livre.
Ter o olhar crítico significa pensa por si
próprio, ter um raciocínio autônomo, formula seus próprios pontos de vista e
tem consciência sobre qualquer assunto que o circunda. E sobretudo, não se
deixe conduzir por um sistema que não pensa em prol do bem comum.
Ter o olhar crítico é saber julgar, interpretação e avaliação de proposições, argumentos e opiniões, analisar qualquer notícia, informação ou proposição que auxilia a entender e opinar sobre a realidade que captamos e as identificamos se são verdadeiras ou não.
LEGISLAÇÃO ORIENTADORAS PARA A ORGANIZAÇÃO DE ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL (Recortes de textos)
Leis e diretrizes que estabelecem parâmetros
para a organização de escolas de tempo integral.
Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB)
Lei
nº 9.394/1996. Art. 34: Estabelece que as escolas de tempo integral devem
oferecer atividades educativas e de apoio aos alunos durante todo o dia.
Lei da Educação Básica
Lei
nº 11.714/2008. Art. 23: Estabelece que as escolas de tempo integral devem ter
um projeto político-pedagógico que contemple a organização do tempo escolar.
Decreto nº 7.083/2010
Estabelece
diretrizes para a implementação de escolas de tempo integral. Art. 2º: Define
que as escolas de tempo integral devem ter um mínimo de 7 horas diárias de
atividades educativas.
Resolução CNE/CEB nº 4/2010
Estabelece
diretrizes para a organização e o funcionamento de escolas de tempo integral. Art.
3º: Define que as escolas de tempo integral devem ter um projeto
político-pedagógico que contemple a organização do tempo escolar.
Base Nacional Comum Curricular
(BNCC)
Estabelece
diretrizes para a organização curricular das escolas de tempo integral. Volume
1: Define que as escolas de tempo integral devem ter um mínimo de 7 horas diárias
de atividades educativas.
EQUIPES DE ATUAÇÃO FIXA EM UMA ESCOLA DE TEMPOINTEGRAL (Recortes de textos)
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), as equipes
mínimas (recursos humanos fixos em cada unidade educacional – não é equipe de visitação)
necessárias para o funcionamento de uma escola de tempo integral são:
1 Equipe Pedagógica
a) Diretor(a): Responsável pela gestão da
escola.
b) Vice-Diretor(a): Auxilia o diretor e assume
a direção em sua ausência.
c) Coordenador(a) Pedagógico(a): Responsável
pela coordenação pedagógica da escola.
d) Professores: Docentes qualificados para
ministrar aulas em diferentes disciplinas.
e) Bibliotecário ou auxiliar de biblioteca:
acompanhamento e orientações de atividades voltadas para o ambiente e ações
educativas.
f) Professores de Educação Física: Docentes
especializados em educação física.
g)
Orientadores Educacionais: Profissionais que apoiam os alunos em questões
acadêmicas e pessoais.
2 Equipe Administrativa
a) Secretário(a): Responsável pela gestão
administrativa da escola.
b) Assistentes Administrativos: Auxiliam o
secretário e realizam tarefas administrativas.
c)
Contador(a): Responsável pela gestão financeira da escola.
3 Equipe de Apoio
a) Manipuladoras de alimentos: Responsáveis
pela preparação e distribuição de refeições.
b) Agentes de serviços diversos: Responsáveis
pela limpeza e manutenção da escola.
c) Porteiros e Seguranças escolar: Responsáveis
pela segurança e vigilância da escola.
d)
Professores de laboratórios: Informática, Ciências, Matemática e Linguagem: Responsáveis
pelas atividades direcionadas e de apoio ao processo de aprendizagem nos
laboratórios.
4 Equipe de Saúde
a) Enfermeiro(a): Responsável pela assistência
médica e de enfermagem.
b) Psicólogo(a): Responsável pela
assistência psicológica aos alunos.
c) Assistente Social: Responsável
pela assistência social aos alunos e suas famílias.
d) Intérprete de Libras: Responsável pela
interpretação de libras para os alunos surdos.
e)
Agentes de inclusão e cuidadores: Atuação com alunos com necessidades
especiais.
Referências
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) - Lei nº 9.394/1996.
BRASIL, Base Nacional Comum Curricular (BNCC) -
Ministério da Educação, 2018.
ESTRUTURA MÍNIMA PARA O FUNCIONAMENTO DE UMA ESCOLA DE TEMPOINTEGRAL (Recortes de textos)
Introdução
Uma escola de tempo integral precisa
oferecer minimamente uma estrutura que dê condições para o desenvolvimento do processo
de ensino e aprendizagem, sendo esta uma instituição de ensino que oferece
atividades educativas e de apoio aos alunos durante todo o dia, geralmente de 7
a 12 horas.
Lembrando é claro que temos as questões referentes
a infraestrutura, humana (onde todos os profissionais são fixos no ambiente),
materiais e de serviços. E, diante disso, apresentaremos as estruturas mínimas
necessárias para o funcionamento de uma escola de tempo integral.
1 Na Infraestrutura
a) Salas de aula: Espaços adequados para o
ensino-aprendizagem, com mobiliário e equipamentos necessários.
b) Biblioteca ou sala de leitura (não é
cantinho da leitura): Espaço com acervo de livros, revistas e recursos digitais
para apoio ao ensino e à aprendizagem.
c) Laboratórios: Espaços equipados para
atividades práticas em áreas como ciências, tecnologia, informática, matemática
e linguagem.
d) Quadra esportiva: Espaço para atividades
físicas e esportivas.
e) Refeitório: Espaço para alimentação dos
alunos e funcionários.
f)
Banheiros: Instalações sanitárias adequadas para alunos e funcionários.
2 Recursos Humanos
a) Diretor(a): Responsável pela gestão da
escola.
b) Professores: Docentes qualificados para
ministrar aulas em diferentes disciplinas.
c) Professores de educação física: Docentes
especializados em educação física.
d) Orientadores educacionais: Profissionais que
apoiam os alunos em questões acadêmicas e pessoais.
e) Funcionários administrativos: Pessoal
responsável pela gestão administrativa da escola.
f)
Funcionários de apoio: Pessoal responsável pela manutenção da escola, incluindo
limpeza, segurança e manutenção de equipamentos.
3 Recursos Materiais
a) Materiais didáticos: Recursos educacionais,
como livros, revistas, jogos e materiais de arte.
b) Equipamentos de tecnologia: Computadores,
tablets, projetores e outros equipamentos para apoio ao ensino.
c) Equipamentos esportivos: Materiais e
equipamentos para atividades físicas e esportivas.
d)
Mobiliário: Mesas, cadeiras, armários e outros móveis necessários para o
funcionamento da escola.
4 Serviços
a) Alimentação: Serviço de refeições para
alunos e funcionários.
b) Transporte: Serviço de transporte para
alunos, se necessário.
c) Saúde: Acesso a serviços de saúde, incluindo
atendimento médico e odontológico.
d)
Orientação psicológica: Acesso a serviços de orientação psicológica para alunos
e familiares.
Referências
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) - Lei nº 9.394/1996.
BRASIL, Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - Ministério da Educação, 2018.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA PEDAGOGIA PARTICIPATIVA (Recortes de textos)
A pedagogia participativa é um tipo de abordagem
educacional que enfatiza a participação ativa dos alunos no processo de
aprendizado, no qual centra-se nos atores que constroem o conhecimento
participando nos processos de aprendizagem.
1 Objetivo da educação
O principal objetivo dessa pedagogia é o de envolvimento
dos estudantes na sua própria educação com vista no desenvolvimento de pessoas responsáveis
e cidadãos cívicos com preocupação com a reforma social e transformação cultura.
2 Concepção de Escola
Apresenta-se dentro de uma concepção ecológica e
contextualizada e que está sempre aberta ao envolvimento interativo com os pais
e com a comunidade local criando um elo de ligação entre todos.
3 Imagem do Aluno
No contexto do processo educacional o alunado
se apresenta dentro de um papel ativo de participação no processo de
aprendizagem, alunos atores participativos e colaborativos do processo de
aprendizagem. O aluno é visto como um parceiro ativo no processo de
aprendizado.
4 Imagem do Professor
No contexto do processo educacional o papel do
professor é ativo de promover experiências de aprendizagem significativas,
envolvendo os alunos, criando situações de aprendizagem e apoiando o estudante
no processo de aprendizagem.
5 Papel educativo da
participação
O educando se apresenta como ator principal do
processo de aprendizagem, ou seja, a participação do estudante no processo de
aprendizagem é um componente intrínseco do processo educativo. Os alunos são
incentivados a participar ativamente das aulas, discutindo, questionando e
explorando.
6 Organização do Conhecimento
É flexível e se adapta às necessidades e
interesses dos alunos dentro de um contexto holístico, integrado, conectado, buscando
conectar o conteúdo com a realidade e as necessidades dos alunos.
7 Conceito de Ensino
A aprendizagem é vista como um processo
colaborativo entre alunos e professores, por meio de criação de experiências de
aprendizagem significativas envolvendo os estudantes. Emprega métodos
interativos, como discussões, debates, trabalhos em grupo e projetos.
8 Conceito de aprendizagem
A aprendizagem faz-se fazendo, experimentando e
descobrindo. A aprendizagem é vista como um processo colaborativo entre alunos
e professores. Busca desenvolver habilidades importantes, como pensamento
crítico e resolução de problemas.
9 Organização dos espaços de
ensino e aprendizagem
A abordagem se concentra em desenvolver
habilidades, como pensamento crítico, resolução de problemas e comunicação. Configura
contextos e processos que facilitam o fazer, experimentar e descobrir, criando espaços
que promovam a aprendizagem, dando autonomia aos alunos.
10 Conceito de avaliação
A avaliação é vista como um processo contínuo e
formativo, que ajuda os alunos a melhorar seu desempenho, centrado tanto em
processos quanto em resultados tanto na aprendizagem individual como na do
grupo utilizando reflexão sobre as aquisições e realizações.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA PEDAGOGIA TRANSMISSIVA (Recortes de textos)
A pedagogia transmissiva é um tipo de abordagem
educacional que enfatiza diretamente a transmissão de conhecimentos e
habilidades do professor para o aluno e centra-se no conhecimento que quer
veicular.
1 Objetivo da educação
O principal objetivo dessa pedagogia é o de transmissão
do conhecimento à geração seguinte, com vista no fornecimento rigoroso de
conhecimento estruturado em formato acadêmico.
2 Concepção de Escola
Apresenta-se dentro de uma concepção isolada e fechada
à interação com os pais e com a comunidade local, criando uma espécie de mundo
isolado do mundo real relacionados às interações.
3 Imagem do Aluno
No contexto do processo educacional o alunado
se apresenta dentro de um papel passivo de repetição do conteúdo transmitido, ou
seja, um mero memorizador e reprodutor de conteúdo no processo de aprendizagem.
Os alunos são vistos como receptores passivos de conhecimentos, sem grande incentivo
para questionar ou explorar.
4 Imagem do Professor
No contexto do processo educacional o papel do
professor é passivo de mero transmissor, “preenchendo” os estudantes com os
conteúdos a serem transmitidos passivamente posteriormente. Ao mesmo tempo, o professor
é visto como a figura central do processo educacional, responsável por
transmitir conhecimentos e habilidades.
5 Papel educativo da
participação
O educando não se apresenta como ator do
processo de aprendizagem, ou seja, a participação do estudante dentro do
processo educativo é explicitamente minimizada ou ignorada. Os alunos são
frequentemente recompensados ou punidos com base em seu comportamento.
6 Organização do Conhecimento
A abordagem se concentra em transmitir um corpo
de conhecimentos pré-definido, sem grande consideração pelas necessidades ou interesses
individuais dos alunos, de forma compartimentado, fragmentado e separado.
7 Conceito de Ensino
A abordagem se concentra em transmitir
conhecimentos e habilidades prontos e acabados para os alunos dentro de um contexto
por meio do processo de transmissão de conteúdo.
8 Conceito de aprendizagem
A aprendizagem faz-se ouvindo e reproduzindo frequentemente
emprega métodos tradicionais de ensino, como aulas expositivas, lições de casa
e provas.
9 Organização dos espaços de
ensino e aprendizagem
Apresenta um configura uma pedagogia ideal
baseada na “gestão científica da educação” e configura uma “linha de montagem
educacional”. A relação entre professor e aluno é frequentemente hierárquica,
com o professor detendo o poder e a autoridade.
10 Conceito de avaliação
O processo é centrado em resultados na
comparação do desempenho individual com o desempenho médio com repetição do
conteúdo transmitido. A avaliação do desempenho dos alunos é frequentemente
baseada em provas e exames, que medem a capacidade de memorizar e reproduzir
informações.
COMPETÊNCIAS SOCIAIS E SOCIOEMOCIONAIS (Recortes de textos)
1 Competência Social
Conceitualmente a competência social apresenta-se
como a capacidade de interagir e se relacionar com os outros de forma eficaz e
respeitosa, ou seja, é a capacidade que temos de desenvolver relações positivas
entre as pessoas. Por exemplo: comunicação eficaz, trabalho em equipe,
resolução de conflitos, empatia e liderança.
2 Socioemocionais
O conceito de competências socioemocionais pode
ser considerado como: habilidades que a
pessoa humana pode aprender, que pode praticar e que pode ensinar, ou seja, é a
capacidade de reconhecer e gerenciar suas próprias emoções e as dos outros,
para alcançar objetivos pessoais e sociais. Exemplos: Autoconhecimento,
Autogestão, Consciência social, Habilidades sociais, Empatia, Flexibilidade,
Resiliência e Responsabilidade.
3 Competência Social versus
Socioemocional
a)
Foco: Competência social se concentra nas interações sociais,
enquanto competência socioemocional se concentra nas emoções e comportamentos.
b)
Abordagem: Competência social é mais focada em habilidades práticas,
enquanto competência socioemocional é mais focada em processos internos.
c) Impacto:
Competência social afeta as relações interpessoais, enquanto competência
socioemocional afeta a saúde mental e o bem-estar.
4 Relações intrínsecas das competências
Sociais e Socioemocionais
Com vista conceitual e no foco
observamos que um dos caminhos para contribuir com a formação da pessoa humana e
auxilia-la nas interações sociais para que assim, sejam desenvolvidas competências
socioemocionais, proporcionado o aprender a colocar em prática as melhores
atitudes e habilidades para regular as emoções.
É imprescindível desenvolver as Competências, Social e Socioemocional, com
vista na incorporação estratégias para o desenvolvimento de atitude diante da
vida e manter relações sociais positivas e tomar decisões de maneira
responsável para o bem-estar nos diversos aspectos do convívio humano, dentre
os quais: pessoal, profissional e sociais.
Considerações
Observamos que ambas Competência, Social e Socioemocional se complementam, sendo importantes
no desenvolvimento humano. Assim, em todas as áreas as pessoas precisam ser influenciadas
por essas capacidades de estabelecer e manter relações positivas, consistentes
e primárias para com os outro e que precisa entre outras habilidades,
desenvolver: controle de próprias emoções, comunicar-se efetivamente, ser capaz
de assumir a perspectiva do outro, resolver conflitos e problemas e estabelecer
relações positivas com seus pares.
PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS (Recortes de textos)
As Competências Socioemocionais, podem promover
ao ser às pessoas a abertura a novas experiências, a novas experiências estéticas,
culturais e intelectuais, dentro de uma consciência, inclinada para a
organização e responsabilidade com tendência a agir de modo cooperativo e não
egoísta em direção ao mundo externo, pessoas e coisas, e dentre as principais Competências
Socioemocionais temos:
1. Autoconhecimento:
Reconhecer e entender suas próprias emoções, pensamentos e comportamentos.
2. Autogestão:
Gerenciar suas emoções, comportamentos e estresse de forma eficaz.
3. Consciência Social:
Entender e apreciar as perspectivas e emoções dos outros.
4. Habilidades Sociais:
Comunicar-se de forma eficaz e construir relacionamentos positivos.
5. Empatia:
Compreender e compartilhar os sentimentos dos outros.
6. Flexibilidade:
Adaptar-se a mudanças e desafios de forma flexível.
7. Resiliência:
Superar obstáculos e desafios de forma resiliente.
8. Responsabilidade:
Assumir responsabilidade por suas ações e decisões.
9. Comunicação Assertiva:
Comunicar-se de forma clara, respeitosa e assertiva.
10. Trabalho em Equipe:
Colaborar efetivamente com os outros para alcançar objetivos comuns.
PRINCIPAIS CUIDADOS AO TRABALHAS AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS (Recorte de Textos)
1 Integralidade
Garantir que o trabalho com as competências
socioemocionais não esteja dissociado, mas integrado a outros aspectos da sociais
e da pessoa humana, não separando cognição e emoção nos processos de
aprendizagem e que passem a ser ponto essencial para a saúde mental e o
bem-estar.
2 Contextualização
Articular conceitos e práticas com o momento e
contexto social, sendo fundamentais para a cidadania ativa, reflexiva e
responsável de maneira a ajudar na construção de relacionamentos saudáveis e
positivos, fundamentais para o sucesso integral da pessoa, para si e para o
outro.
3 Foco
Ter clareza dos princípios, objetivos e
caminhos que deverão nortear o desenvolvimento dessas competências, compreendendo
que a ação realizada nos diversos ambiente não deve se confundir com o trabalho
clínico e que termos e práticas da psicologia devem ser adequados ao universo
interativo.
4 Flexibilidade
Permitir diferentes abordagens, não criar
modelo a ser seguido ou quantificado, mas processos e ferramentas que
alavanquem o desenvolvimento do indivíduo ao invés de tentar formatá-lo, de modo
a estimular naturalmente sentimentos de respeito mútuo e promover a cooperação.
5 Coerência
Promover o alinhamento dentro do ambiente em se
vive em relação à proposta de modelo de vida ético-social para que também
vivencie e compreenda o processo, para depois envolver com outras pessoas com ações
para formar uma personalidade ética e cidadã mais coerente possível.
6 Potência
Focar no potencial da pessoa para não incorrer
no erro de percebê-lo a partir das suas dificuldades. Não gerar estigmas, nem
padrões homogêneos. Valorizar a participação ativa da pessoa humana e até mesmo
na construção de simples gestos visando a definição seu papel na sociedade.